O crescimento do número de inadimplentes na capital goiana registrou um recorde em dezembro do último ano. Tanto na comparação de 2024 com 2023, quanto na passagem de novembro para dezembro, os índices apontaram aumento de 6,23% e 5,15%, respectivamente. Os dados são do SPC Brasil, com apoio da base de dados da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia.
Para o presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, as taxas de juros elevadas e a previsão de novos aumentos apresenta ao consumidor um cenário de maior pressão financeira. “Isso torna ainda mais desafiador equilibrar as contas, já que os encargos crescentes dificultam a quitação de dívidas. A recomendação é redobrar a cautela, priorizando o pagamento das despesas já existentes antes de assumir novos compromissos”, explica.
Valor das dívidas
Cada consumidor negativado em dezembro devia R$ 5.207,42, considerando a média da soma de todas as dívidas. A análise detalhada do endividamento mostra que 28,21% tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 41,25% quando se fala de débitos de até R$ 1.000.
O tempo médio de atraso nos pagamentos é de 27,8 meses, com 42,96% dos inadimplentes na faixa de 1 a 3 anos de atraso. Já o número total de dívidas atrasadas dos consumidores da capital cresceu 7,37%, em relação a dezembro de 2023, e 3,36% na variação mensal entre novembro e dezembro.
O setor bancário continua liderando como o principal local das dívidas em Goiânia, com 61,06%. Em seguida, aparecem outros setores com 15,73%, contas de água e luz (8,98%), comércio (7,43%) e comunicação (6,80%). Em média, cada consumidor inadimplente na capital tinha em dezembro 2,171 dívidas em atraso.
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