A inadimplência em Goiás cresce há um ano sem parar, com 12 altas consecutivas registradas entre julho de 2024 e julho deste ano. É o que constata a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL-GO) com resultados de julho de 2025 divulgados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). O levantamento mostra que o número de consumidores goianos inadimplentes cresceu 10,18% neste último mês, em relação a julho de 2024, ficando acima da média do Centro-Oeste (9,82%) e do Brasil (7,98%).
Os dados revelam ainda um alto grau de reincidência. Mais de 86% dos consumidores negativados em julho de 2025 haviam passado pela mesma restrição nos últimos 12 meses.
“É um cenário que preocupa os lojistas pelo número cada vez maior de consumidores negativados. Em julho de 2024, por exemplo, a inadimplência ficou em 2,23%. Agora, esse mesmo índice ultrapassou os 10%, o que significa, na prática, um crédito mais caro e restrito, desencorajando as compras parceladas, que são o carro-chefe do varejo”, avalia Valdir Ribeiro, presidente da FCDL-GO.
A maior parte dos inadimplentes (27,8%) deve até R$ 500. Outros 12,3% têm débitos de R$ 500 a R$ 1 mil; e mais 19,4% dos negativados devem de R$ 1 mil a R$ 2,5 mil. Na média geral, cada goiano inadimplente deve R$ 5.167,62 (somando todas as dívidas). Os bancos continuam sendo os maiores credores (61,64%), seguido pelas lojas do comércio (11,58%), outros segmentos (10,68%), concessionárias de água e luz (9,30%) e empresas de comunicação (6,80%).
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