A Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) conquistou, pela quarta vez, a primeira posição entre as melhores empresas do agronegócio brasileiro no ranking Valor 1000 – Edição 2025, do influente jornal Valor Econômico. A instituição alcançou 69,8 pontos, mesmo em um cenário marcado por desafios e instabilidades em 2024.
A Comigo recebeu o prêmio na noite da última segunda-feira (15/9), em cerimônia realizada em São Paulo (SP). Com sede em Rio Verde (GO) e atuação em 19 municípios, a cooperativa goiana encerrou o ano passado com mais de 12 mil associados e quase 3,45 mil empregados, registrando crescimentos de 36% e 24%, respectivamente, em relação a 2020.
“A conquista consolida o modelo cooperativo como um movimento social e econômico ao mesmo tempo justo e vitorioso. A Comigo é genuinamente goiana, promove prosperidade aos cooperados e às comunidades locais e serve de inspiração para outras cooperativas. O Sistema OCB/GO sente-se honrado em tê-la como associada e de fazer parte dessa história de sucesso”, afirmou o presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira, presente na cerimônia.
“Esse prêmio não é apenas da Comigo, mas de todos os produtores rurais que acreditam no cooperativismo como ferramenta de desenvolvimento social e econômico”, disse o presidente-executivo da Comigo, Dourivan Cruvinel.
Segundo o dirigente, o crescimento da cooperativa é fruto de uma gestão responsável, que faz investimentos avaliando cuidadosamente os impactos na saúde financeira da cooperativa e como eles serão aproveitados nas frentes de negócio.
Diferenciais do cooperativismo
Cruvinel afirmou ainda que os princípios do cooperativismo, seguidos pela Comigo, são um importante diferencial no mercado. Principalmente num setor de grande volatilidade e riscos diversos, como o agronegócio. “Tivemos grandes desafios no último ano, como a quebra de safra. Mas a força do cooperativismo nos mantém firmes na atividade e conquistando posições de destaque no mercado”, disse.
Apesar da redução na última safra agrícola, a cooperativa goiana recebeu 74,3 milhões de sacas, o segundo maior volume desde a sua fundação em 1975. A soja representou 71,8% desse total, com 53,41milhões de sacas, enquanto o milho registrou recorde de 19,8 milhões, alta de 9,5% sobre 2023.
A Comigo tem mantido investimentos bilionários na sua expansão. Em 2024, iniciou as obras de sua segunda planta de processamento de soja, em Palmeiras de Goiás, com aporte superior a R$ 1,3 bilhão, o maior investimento de sua história. A nova indústria, com inauguração prevista para 2027, terá capacidade de esmagar 6 mil toneladas por dia, mais que dobrando a atual capacidade de 5,5 mil para 11,5 mil toneladas diárias.
Outro destaque foi a ampliação da rede de lojas agropecuárias. No ano passado, a Comigo inaugurou unidade em Paraúna, reformou a de Acreúna e anunciou a chegada a Jussara, onde erguerá sua primeira loja.
No ano de seu cinquentenário, a cooperativa projeta um crescimento de 25% em seus resultados, alinhado à expansão da produção brasileira e com foco em manter sua rentabilidade histórica. A diversificação de mercados, tanto no Brasil quanto no exterior, somada à expansão das operações, será a base desse avanço.
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