Palmas Empresas (TO) – A Sondagem da Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) indica que 62% dos industriários do Estado enfrentaram dificuldades na compra de insumos e matérias-primas produzidas no País em fevereiro, ainda que pagando mais caro por eles. Desse total, 28% dos entrevistados afirmaram que enfrentam muita dificuldade. O levantamento mostra ainda que 32% dos entrevistados tiveram algum problema para atender a demanda do mês, sendo que 7% tiveram dificuldade para atender grande parte e 25% pequena parte.
Questionado sobre os resultados, o presidente da Fieto, Roberto Pires destaca o peso da crise epidemiológica.
“Diversos setores sofreram com a falta de matéria-prima em todo mundo por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. As medidas de distanciamento social fizeram o setor produtivo parar. Isso impactou diretamente as indústrias. Mas estamos esperançosos que, com o avanço da vacinação, o País volte ao ritmo normal de produção”, comentou.
A Sondagem Especial mostra ainda que 28% das empresas tocantinenses consultadas em fevereiro deste ano afirmaram utilizar em seu processo produtivo insumos e matérias-primas importados. Destes, 51% apontaram ter dificuldades em adquirir estes insumos, mesmo que pagando mais caro por eles, sendo que 32% enfrentam muita dificuldade. Já 39% afirmaram não ter dificuldade e 9% acreditam que está mais fácil adquiri-los.
Mais da metade dos empresários entrevistados (57%) acredita que a normalização do mercado de insumos e matérias-primas importados ocorrerá ainda no 1º semestre deste ano. Já 43% creem que a oferta irá normalizar somente no 2º semestre de 2021.
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 12 de fevereiro com 101 indústrias tocantinenses, sendo 74 de pequeno porte e 27 de médio e grande porte.