Brasília Empresas (DF) – O Aeroporto de Brasília recebeu a maior avaliação da categoria em prêmio da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre as ações de sustentabilidade adotadas no terminal brasiliense. Esta é a 2ª edição do prêmio Aeroportos Sustentáveis que neste ano avaliou 16 aeroportos do país e classificou o aeroporto da Capital Federal como “primeira classe”, ficando entre os cinco mais bem avaliados entre os aeroportos que recebem mais de 5 milhões de passageiros ao ano.
Para concorrer a edição de 2021, a Inframerica apresentou as ações de sustentabilidade que são feitas diariamente no terminal aéreo. Os itens avaliados foram energia elétrica, recursos hídricos, resíduos, biodiversidade, qualidade do ar local, mudança climática, ruído aeronáutico, saúde e bem-estar, assim como gestão organizacional e educação ambiental.
Para Daniella Lacerda, gerente de Meio Ambiente, a adoção de atitudes sustentáveis no Aeroporto de Brasília buscam um bem maior para o planeta.
“A operação de um aeroporto, por si só, tem como missão prestar um serviço à comunidade. Com esta linha de pensamento, há alguns anos começamos a adotar ações sustentáveis no terminal que trazem enormes ganhos para o mundo. Ter essas ações reconhecidas em um prêmio nos motiva ainda mais a continuar buscando novas soluções”, diz.
Ações sustentáveis no Aeroporto de Brasília
A mais recente iniciativa adotada pela Inframerica foi a instalação de uma usina fotovoltaica no sítio aeroportuário. São 3.360 módulos que, por ano, geram 2 milhões kWp de energia, que suprirá 7% da demanda do Aeroporto, carga esta que seria suficiente para abastecer 1.462 casas populares, por exemplo.
Todos os dias o Centro de Controle de Manutenção – CCM realiza o gerenciamento de consumo de energia elétrica do terminal. Um sistema automatizado monitora as principais fontes consumidoras de energia. Quando o consumo médio é atingido, um técnico é acionado para detectar a anomalia e normalizar o equipamento. A Inframerica também substitui cerca de 10 mil lâmpadas fluorescentes do terminal aéreo por lâmpadas LED, mais eficientes e sustentáveis. Outros 634 refletores do pátio de aeronaves também foram substituídos, refletindo em uma economia de 4,2% em relação ao consumo total do aeroporto, além de redução na emissão de gases poluentes. Falando nisso, os ônibus utilizados no terminal também são monitorados pela equipe de meio ambiente que controla a quantidade produzida de CO² e lançadas no meio ambiente.
Além dos hidrômetros que ajudam no controle da água utilizada no terminal aéreo, a água utilizada para irrigação, sistema de climatização e combate a incêndios é retirada de dois poços artesianos perfurados com autorização da Adasa. O consumo de água potável foi reduzido em 9 milhões de litros que antes eram fornecidos pela CAESB.
O lixo produzido no terminal recebe tratamento especial. Além da coleta seletiva, todo mês são enviados para reciclagem cerca de 16 toneladas de resíduos.
Biólogos integram a equipe da Inframerica e trabalham todos os dias no pátio de aeronaves realizando o gerenciamento do risco de fauna com ações de afugentamento para evitar acidentes por meio da colisão de aeronaves e animais. Como forma de compensação florestal, a Inframerica investiu R$ 7 milhões em revitalizações de parques e unidades de conservação do DF, e plantou cerca de 74 mil mudas nativas do Cerrado em áreas do Zoológico de Brasília e Parque das Aves.
O Aeroporto de Brasília também instalou, em parceria com a ENGIE, 22 equipamentos de um sistema moderno e sustentável que mantém o funcionamento da parte elétrica e do ar condicionado das aeronaves em solo. A nova tecnologia substitui os aparelhos movidos a diesel que antes desempenhavam essa função. A expectativa é que os equipamentos reduzam a emissão de cerca de 20 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao plantio de mais de 120 mil árvores, tornando a operação do Aeroporto de Brasília mais econômica e sustentável.