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A energia como diferencial competitivo

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Por Márcio Cabral

A energia elétrica é um dos pilares da economia e do desenvolvimento social do Brasil, desempenhando um papel essencial em diversas atividades. Com a evolução do setor elétrico, surgiram novos modelos de negócios e alternativas para consumidores e geradores de energia. Neste artigo, buscamos analisar o impacto da geração distribuída e do mercado livre de energia no contexto atual do setor elétrico brasileiro, avaliando os desafios e oportunidades que surgem com essas mudanças.

O mercado livre de energia é um ambiente onde consumidores podem escolher seus fornecedores de energia elétrica, ao contrário do mercado regulado, onde a compra é feita diretamente das distribuidoras locais. No mercado livre, grandes consumidores, como indústrias e empresas, negociam diretamente com geradores ou comercializadores de energia, buscando melhores preços e condições contratuais. Isso promove a concorrência e pode resultar em custos mais baixos e maior eficiência no setor elétrico.

No Brasil, o mercado livre de energia começou a se formar na década de 1990, quando a regulamentação de leis permitiu um ambiente regulatório no qual os consumidores poderiam contratar energia diretamente com fornecedores. Em 1998, a ANEEL consolidou o mercado livre após estabelecer condições para a comercialização de energia elétrica.

Atualmente, o Mercado Livre de Energia está aberto para empresas do Grupo de média e alta tensão, também conhecido como Grupo A, incluindo indústrias, comércios, shopping centers e grandes empresas de serviços. A partir de 2024, a participação também se tornou possível para pequenas e médias empresas com demanda contratada, graças a alterações recentes nas regulamentações

Já a geração distribuída refere-se à produção de energia elétrica próxima ao ponto de consumo, geralmente por meio de fontes renováveis, tais como painéis solares, pequenas centrais hidrelétricas, eólicas, entre outras. Essa modalidade permite que consumidores, como residências e pequenas empresas, gerem sua própria energia e, em alguns casos, vendam o excedente para a rede elétrica.

A Geração Distribuída (GD) no Brasil tem suas raízes na busca por diversificação da matriz energética e maior sustentabilidade. A GD permite que a geração de energia ocorra próxima ao local de consumo, utilizando fontes renováveis como solar, eólica e pequenas hidrelétricas.

O marco inicial para a regulamentação da GD foi a Resolução Normativa nº 482 da ANEEL, publicada em 2012. Essa resolução estabeleceu as regras para a conexão de micro e minigeradores ao sistema elétrico, permitindo que consumidores gerassem sua própria energia e injetassem o excedente na rede, recebendo créditos em kWh.

Desde então, a GD tem crescido significativamente no Brasil, impulsionada por incentivos regulatórios e pela redução dos custos das tecnologias de geração, especialmente a solar fotovoltaica. Em 2015, a Resolução Normativa nº 687 trouxe aprimoramentos, facilitando ainda mais a adesão de novos consumidores.

A partir de 2023, novas regulamentações foram implementadas para ampliar o acesso à GD, incluindo a possibilidade de participação de pequenas e médias empresas. Esse movimento visa democratizar o acesso à geração distribuída e promover uma matriz energética mais diversificada e sustentável

Benefícios e Desafios

Benefícios:

Redução de Custos: Consumidores podem economizar na conta de luz ao gerar sua própria energia ou obter descontos que podem chegar a 40%, nas assinaturas on-line.
Sustentabilidade: A geração distribuída, especialmente a partir de fontes renováveis, contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Independência Energética: Menor dependência das grandes distribuidoras e maior segurança energética.

Desafios: (Principalmente ligados à Geração distribuída)

Investimento Inicial: A instalação de sistemas de geração distribuída pode exigir um investimento inicial significativo.
Regulamentação: A integração da geração distribuída ao sistema elétrico requer regulamentações claras e eficientes.
Manutenção: Sistemas de geração distribuída necessitam de manutenção regular para garantir eficiência e longevidade.

Na Expert Brasil, somos comercializadores tanto no mercado livre de energia quanto na geração distribuída. Para o Grupo A (Mercado Livre), nossa presença abrange todo território nacional. Já na Geração Distribuída (Grupo B), estamos em GO, MG, DF, MT e RJ. Além de buscar os melhores benefícios, é essencial que o empresário compreenda e valide essas novas tendências que estão transformando o setor elétrico, promovendo maior competitividade, sustentabilidade e autonomia para seu negócio. Afinal, o custo de energia é um diferencial na formação de preço, impactando a competitividade em relação a outros players do mercado.

Márcio Cabral

Diretor de Energia da Expert Brasil

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