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Agronegócio acelera retomada nas vendas de veículos em Mato Grosso

Crédito da imagem: Freepik

Rondonópolis Empresas (MT) – Durante o mês de agosto, o setor de veículos novos reagiu acima da expectativa no Brasil. No Estado de Mato Grosso não foi diferente. Sendo que grande parte da retomada está ligada ao segmento de agronegócio. Além do mais, a própria crise provocada pela pandemia do novo coronavírus contribuiu para aquecer alguns segmentos.

Segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), durante o mês de agosto, houve um aumento de 33,97% nas vendas. Enquanto em julho foram vendidas 6.117 unidades, em agosto foram 8.195, contabilizando todos os segmentos (Automóveis e comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros).

Houve aumento também nos segmentos de automóveis e comerciais leves (13,07%); ônibus (130,77%) e motos (83,99%) e outros (82,79) que incluem máquinas agrícolas.

Outros dois setores ajudaram a elevar o percentual de vendas total. Um deles as vendas de máquinas agrícolas, sendo que o setor têm sido impulsionado pelos números positivos do agro. Enquanto que o setor de motos registrou aumento devido as compras destinadas à entregas delivery com clientes motoboy e frotistas.

Para o diretor da Fenabrave-MT, Claudio Bagestan, do Grupo Vianorte (várias marcas), a melhora está ligada à retomada do comércio e ao restabelecimento dos estoques. Embora a demanda ainda não seja favorável e as vendas represadas influenciam nos números positivos.

“Em nossa visão, o alto valor agregado dos produtos agro e obras federais estaduais e municipais fazem o mercado ter sinais positivos, mas diante de um período de extrema perda de receitas e vendas”, explica.

Para Ronan Alves, diretor do Grupo Mônaco (concessionária Honda) e diretor representante do segmento de motos da Fenabrave-MT, os dados poderiam ser ainda melhores. Para ele, nem todas as motos que são vendidas são emplacadas. Ele enfatiza também a retomada dos estoques, já que as montadoras paralisaram as atividades de março até maio, o que gerou demanda reprimida.

“O número não é real em sua totalidade e também houve mudança do modal de entrega de produtos, onde motoboys e frotistas adquiriram mais veículos e ainda esperam a disponibilidade de estoque”, esclarece.

Conforme revelam os dados, o grande impulso está no agronegócio. Com isso, o diretor Ovídio Zanquet, da Terra Premium Comércio de Máquinas Agrícolas (concessionária New Holland), se mostra motivado, embora as margens de vendas não acompanhem os números positivos.

O diretor explica que o mercado está competitivo e existe até mesmo a preocupação com a entrega dos pedidos. “A demanda que surge para hoje precisa aguardar. As margens de lucros não acompanham porque há forte concorrência e seguidas altas no câmbio”, avalia.

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