Biscoitos brasileiros em breve vão chegar às mesas de famílias nos Emirados Árabes Unidos. O responsável por isso é Wilson de Oliveira, 66 anos, sócio e diretor da empresa Rancheiro, que fechou negócios com compradores em Dubai em 2021.
O empresário participou da Missão Empresarial Prospectiva Brasil – Emirados Árabes Unidos, liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em novembro, e foi lá onde conheceu os novos compradores das Rosquinhas Rancheiro, produzidas em Anápolis (GO).
“Inicialmente, tínhamos combinado a exportação de três conteiners, mas conversamos melhor e fechamos 10 conteiners com rosquinhas de coco, rosquinhas recheadas, wafers e cream-cracker. Agora estamos na fase final de adaptação das embalagens com tradução em árabe, espanhol e inglês e aguardamos o selo Halal”, conta Oliveira, que participou da missão como empresário e como presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Anápolis (SindAlimentos).
Para fechar a venda, Wilson de Oliveira contou com o apoio da Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), da CNI, e do agente exportador da Rancheiro, que é palestino e fala árabe fluentemente.
“Meu agente já conhecia o mercado e tinha alguns contatos por lá, mas a CNI nos ajudou bastante com as rodadas de negócios. Foi em um dos encontros que conhecemos o importador de Dubai. Ele abastece mais de 400 pontos de conveniência em postos de combustível e ficou interessado nos nossos produtos alimentícios”, relata o empresário.
Rancheiro é parceira da Rede CIN desde 2002
Essa não foi a primeira atuação da Rancheiro em missões empresariais da Rede CIN. O diretor da empresa conhece os serviços de internacionalização da CNI desde 2001, quando assumiu a presidência do Sindicafé até 2004 e teve ainda mais contato com as indústrias do setor.
Em 2002, Wilson participou da primeira missão empresarial em nome da empresa de café e alimentos para a Grécia. Na época, o empresário levou uma variedade de café nomeada Moara e até chegou a fechar negócio, porém quando começou a desenrolar os trâmites da exportação, percebeu que precisava aprimorar muitas coisas e voltou atrás nas negociações.
De lá para cá, com a consultoria certa, Wilson se arriscou nos mercados da Austrália, dos Estados Unidos e da Espanha. Em cada uma dessas negociações, a empresa melhorou os processos e, atualmente, exporta para a Venezuela e para o Paraguai regularmente.
“Acreditamos que Dubai é a porta de entrada para o mercado da Ásia e por isso apostamos tanto nessa parceria. Também queremos aumentar nossas exportações na América Latina em breve”, explica Wilson quando perguntado sobre os planos para o futuro.
O que é a Rede CIN
Coordenada nacionalmente pela CNI, a Rede CIN promove a internacionalização das empresas brasileiras por meio de um conjunto de serviços customizados a suas necessidades.
Presente nas 26 federações de indústria dos estados e no Distrito Federal, ela conta com especialistas de comércio exterior que desenvolvem soluções encadeadas e complementares para os diversos níveis de maturidade das empresas brasileiras.