A Booking.com, empresa de reserva de hotéis, aluguel de temporada, voos e outros serviços de turismo, lançou nesse ano o Relatório Global de Perspectivas sobre a inteligência artificial (IA), para descobrir como as pessoas estão usando, confiando e respondendo à IA na vida cotidiana e em viagens. No Brasil, 98% dos consumidores expressam entusiasmo em relação à IA, dado que revela um futuro promissor para essa tecnologia em todos os setores, mas especialmente no turismo.
Com base em insights de mais de 37.000 consumidores em 33 mercados, a pesquisa revela um panorama cheio de nuances no Brasil, revelando que 97% dos viajantes do país pretendem usar a IA em planos de viagens futuros. No entanto, enquanto algumas pessoas acolhem o potencial da IA, outras a abordam com cautela, ressaltando a necessidade de uma implementação responsável que concilie oportunidades com a confiança dos consumidores.
O papel crescente da IA no setor de viagens
A IA está rapidamente se tornando uma parte essencial da experiência de viagem: 65% dos consumidores no Brasil esperam que o planejamento autônomo de viagens ganhe força em breve. Dados do relatório apontam que 80% das pessoas já usaram a IA em algum aspecto da viagem. Isso demonstra a crescente confiança nas ferramentas com tecnologia de IA e a receptividade dos viajantes a tecnologias que aprimoram viagens.
Ao planejar uma viagem, viajantes brasileiros costumam usar a IA para pesquisar destinos e a melhor época para visitá-los (44%), encontrar experiências locais ou atividades culturais (42%) e receber recomendações de restaurantes (44%). Vale lembrar que hoje os assistentes de IA estão crescendo como uma fonte mais confiável para planejar viagens (44%) do que influenciadores (19%).
Durante a viagem, as ferramentas de IA costumam ser mais usadas para recursos de tradução (50%), sugestões de atividades no destino (53%), recomendações de restaurantes (51%) e explorar locais ou sistemas de transporte desconhecidos (37%). Depois de voltar para casa, o principal caso de uso da IA é a edição de fotos, citado por 49% dos brasileiros entrevistados.
Além de tornar as viagens mais fáceis e eficientes, um benefício reconhecido por 84% dos viajantes do país é utilizar a ferramenta para evitar gerar impactos nos destinos. A maioria (86%) aprecia as recomendações geradas pela IA que ajudam a evitar destinos superlotados ou períodos de pico de viagem. Os viajantes estão cada vez mais conscientes do impacto na comunidade: 78% querem que a IA destaque experiências que beneficiem positivamente os lugares visitados.
Assistência em vez de autonomia
No entanto, a falta de um toque humano gera dúvidas: 25% dos brasileiros acreditam que a IA é impessoal e a maioria verifica os fatos apresentados pela IA, mesmo quando confia na tecnologia: 23% sempre verificam os fatos e 53% fazem isso de vez em quando. Apenas 12% dos consumidores brasileiros confiam totalmente na IA.
Essa hesitação cria um limite bem definido: a maioria das pessoas não está pronta para ceder totalmente a tomada de decisões à IA. Apenas 20% se sentem à vontade com o fato de a IA tomar decisões de forma independente, enquanto 16% das pessoas permanecem incertas e 5% se sentem muito desconfortáveis, recusando-se a confiar na IA sem a aprovação humana. A maior oportunidade está em posicionar a IA como uma ferramenta de suporte que aprimora, em vez de substituir, o julgamento humano.
Metodologia
Este estudo de pesquisa quantitativa global foi conduzido por meio de um questionário on-line entre abril e maio de 2025, coletando respostas de 37.325 pessoas em 33 mercados. Como plataforma líder de viagens digitais que investiga o papel da IA, a Booking.com realizou este estudo para entender melhor como as pessoas ao redor do mundo estão usando, confiando e respondendo à IA tanto na vida cotidiana quanto em viagens.
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