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Cartão de crédito: seis dicas para evitar surpresas no fim do mês

(Rawpixel)

O cartão de crédito, quando utilizado de forma planejada, pode ser um aliado importante para organização financeira e aproveitamento de benefícios. No entanto, seu uso descontrolado pode levar ao endividamento, configurando um dos principais desafios financeiros para muitas famílias. Sob gestão da Recovery, empresa do Grupo Itaú especializada em créditos inadimplentes, há cerca de R$ 134 bilhões em créditos não pagos no país, valor que inclui dívidas de pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ). Para pessoas físicas, 45% dessas dívidas está relacionada ao uso do cartão de crédito, com uma média de R$ 4.309,00 por dívida.

Segundo a head de cobrança digital da Recovery, Camila Poltronieri Flaquer, o cartão deve ser visto como uma ferramenta de facilitação, e não como um prolongamento de recursos inexistentes. “O cartão de crédito é uma ferramenta com diversos benefícios, como o uso de parcelas e o acesso a serviços e produtos via digital de maneira segura, com o uso do cartão virtual e benefícios como descontos em eventos e estabelecimentos, cashback e pontuação. Mas é preciso manter o planejamento financeiro em dia para não cair na armadilha dos juros altos.”

Confira dicas essenciais para um gerenciamento eficaz desta ferramenta. 

O planejamento é o alicerce de um uso saudável do cartão de crédito. Antes de realizar qualquer compra, é importante avaliar sua real necessidade e a capacidade de pagamento. O limite do cartão não deve ser encarado como uma extensão da renda, mas como um adiantamento que precisa ser quitado. Para evitar excessos, é recomendável estabelecer limites de gastos no cartão dentro do orçamento mensal. Priorizar despesas planejadas, como contas fixas ou compras que possam ser pagas integralmente, também contribui para um uso mais responsável.

O rotativo do cartão de crédito é uma das modalidades de crédito mais caras do mercado, com taxas que podem ultrapassar 400% ao ano. Por isso, priorizar o pagamento integral da fatura é uma estratégia essencial para evitar juros exorbitantes. Em caso de dificuldade financeira, é possível renegociar ou parcelar o saldo devedor diretamente com a instituição financeira, muitas vezes com condições mais vantajosas. Outra questão importante é manter a regularidade nos pagamentos para manter um histórico de crédito positivo. A inadimplência reduz a pontuação de crédito (score), o que pode dificultar o acesso a financiamentos e outros tipos de crédito no futuro.

Para quem já está endividado, traçar um plano para quitar as pendências é o primeiro passo. Uma abordagem eficiente inclui mapear o valor total devido, as taxas de juros envolvidas e negociar diretamente com a empresa emissora do cartão de crédito ou a responsável por renegociar a dívida (no caso de dívidas mais antigas) para condições mais favoráveis. Alternativamente, a transferência de saldo para um cartão com juros reduzidos ou a consolidação das dívidas por meio de um empréstimo pessoal são soluções que podem aliviar a pressão financeira.

Caso haja insatisfação com o serviço de cartão atual, seja por conta de taxas ou falta de garantias e benefícios, a dica é pesquisar e avaliar as diversas opções no mercado. Antes de contratar um cartão, é essencial revisar todas as condições, incluindo taxas de anuidade, juros e benefícios. Comparar diferentes opções pode evitar gastos desnecessários com serviços não utilizados.

O uso responsável do cartão pode gerar vantagens significativas, como acumulação de pontos em programas de fidelidade. Esses pontos podem ser convertidos em passagens aéreas, produtos ou até cashback. Uma dica importante é buscar concentrar os gastos em um único cartão com benefícios alinhados ao perfil de consumo e participação em promoções sazonais, isto tanto facilita o controle e a gestão do cartão quanto maximiza os benefícios e pontuações do cartão.

A falta de uma reserva financeira é uma das principais razões para o endividamento com cartões de crédito. Uma reserva equivalente a pelo menos três meses de despesas fixas pode evitar o uso do cartão em situações emergenciais, prevenindo juros elevados. Essa reserva deve ser mantida em uma aplicação de fácil acesso e com liquidez imediata, para garantir a segurança financeira em momentos de crise inesperada.

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