Segundo dados do Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), metodologia inédita desenvolvida pelo Grupo Bradesco Seguros em parceria com o Instituto de Pesquisa Locomotiva e o especialista em envelhecimento Alexandre Kalache, os centro-oestinos estão mais bem preparados para uma vida mais longeva. A pesquisa, que em uma escala de 0 a 100 avaliou aspectos como saúde física e mental, interações sociais e educação financeira, revelou que o índice médio geral para a população do Centro-Oeste é de 65 pontos, se destacando como a única região acima da média nacional (64 pontos).
Esse desempenho do Centro-Oeste está diretamente ligado à satisfação nas relações. A pesquisa revela que 56% da população local se sente bastante satisfeita consigo mesma, enquanto 71% expressam contentamento com suas relações sociais (amigos, parentes e colegas), superando as médias nacionais de 50% e 62%, respectivamente. Do ponto de vista de saúde mental, a população apresentou média de 61, dois pontos acima da média dos brasileiros (59).
Segundo o especialista em envelhecimento, Alexandre Kalache, a saúde mental desempenha um papel crucial na saúde geral de um indivíduo, afetando não apenas o bem-estar emocional, mas também a saúde física e a qualidade de vida. “Fatores como otimismo, resiliência e satisfação com a vida estão associados a uma vida mais longa e saudável”, diz.
Com relação a saúde física, os centro-oestinos estão alinhados com a média nacional (65). Entre os destaques está a prática de esportes, exercícios ou atividades recreativas de intensidade moderada, com 79% da população da região centro-oeste adepta – apenas 1% abaixo da média nacional. A região também apresentou o segundo menor índice de tabagismo (14% vs 20%).
Ainda que adotem práticas saudáveis, é interessante observar que o cuidado de saúde e prevenção dos centro-oestinos merecem atenção. Mesmo com grande parte da população local afirmar ter conhecimento sobre os exames preventivos recomendados para o seu gênero e faixa etária (88%), apenas 38% buscam atendimento de forma preventiva.
“É preciso que cada vez mais pessoas adotem o hábito de realizar exames preventivos e consultas de rotina, pois o diagnóstico precoce permite intervenções mais eficazes e melhores desfechos para a saúde. Esses cuidados não apenas previnem complicações, mas também fortalecem a qualidade de vida e o bem-estar a longo prazo”, acrescenta Kalache.
Entretanto, a pesquisa aponta que a saúde financeira é um desafio para os centro-oestinos, pilar com menor pontuação da região, com apenas 49 pontos, abaixo da média nacional (50). Apesar de ter o menor índice de inadimplência (12% com dívidas em atraso, comparado a 16% da média nacional), 84% da população do Centro-Oeste enfrenta algum tipo de dívida, superando a média nacional de 73%.
Para Estevão Scripilliti, Diretor da Bradesco Vida e Previdência, esses dados indicam a necessidade de promover a educação financeira como um pilar essencial para a longevidade. “Ter uma boa saúde financeira impacta diretamente o bem-estar e a segurança das pessoas. Quando falamos de planejamento para a aposentadoria, não se trata apenas de garantir renda futura, mas de evitar o estresse e a ansiedade associados à falta de estabilidade financeira. Isso é fundamental para o envelhecimento saudável e para uma vida mais equilibrada”, afirma.
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Metodologia do ILP
O Indicador de Longevidade Pessoal (ILP) foi desenvolvido com base em parâmetros e abordagens de organizações renomadas, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e visa aproximar o conceito de longevidade de todas as faixas etárias. O indicador, que vai de zero a 100 pontos, avalia 31 variáveis divididas em seis pilares: atitudes em relação à longevidade; saúde física e mental; interações sociais e meio ambiente; cuidados de saúde e prevenção; e finanças. Os dados apresentados são do teste realizado com 1.058 pessoas maiores de 18 anos, de todas as regiões do Brasil, por meio de pesquisa digital por autopreenchimento, com uma margem de erro de 3 pontos percentuais.
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