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Coluna do Freitas: Bolsa de Valores atinge maior valorização em dois anos

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As principais notícias econômicas nos últimos 15 dias foram: a) O IPCA de outubro calculado pelo IBGE foi menor do que o mercado esperava, o índice que mede a inflação oficial do país, foi de 0,24% no mês, acumulando 3,75% no ano e 4,82% nos últimos 12 meses. O ponto importante, além de ficar abaixo do que esperado, é a aproximação do índice dentro da meta de inflação para 2023 de 4,75%; b) O FED, Banco Central dos Estados Unidos, manteve a sua taxa de juros e indicou que pode paralisar as altas das taxas de juros, a inflação dos EUA acumulada em 12 meses está em 3,2% depois de ter atingido 7,7% em outubro de 2022; c) em função das duas boas notícias do período a bolsa de valores do Brasil teve uma valorização de quase 10% no mês de novembro até o dia 20, atingindo o maior índice dos últimos meses 125.957 pontos e d) o ponto negativo do período foi o indicador do IBC-Br, divulgado pelo Banco Central, ele caiu 0,06% em relação a setembro, depois de ter caído 0,81% em agosto em relação a julho. O acumulado de 2023, até setembro, foi de 2,77% e nos últimos 12 meses 2,50%. A economia brasileira estava crescendo acima de 3% até o mês anterior.

As projeções realizadas no relatório Focus divulgado no dia 20 de novembro trouxeram variações em função dos fatos econômicos citados acima. Para o PIB o relatório reduziu a previsão de 2023 de 2,89% para 2,85%; para 2024 manteve a projeção em 1,50%; para 2025 aumentou a projeção de 1,90% para 1,93% e para 2026 manteve-se em 2,00%. Já para a inflação a previsão de 2023 foi reduzida de 4,63% para 4,55%; para 2024 manteve-se em 3,91%, e foram mantidas as projeções para 2025 e 2026 em 3,50%.

As projeções da Taxa Selic mantiveram-se as mesmas, para 2023 de 11,75%, para 2024 de 9,25%, para 2025 de 8,75% e para 2026 de 8,50%. Com as previsões da Selic e a previsão da inflação para os próximos 12 meses de 3,93%, a taxa de juros reais da economia, calculada pela coluna subiu para 6,43% ao ano.

Quando se analisa a curva de juros do Brasil para os próximos anos, o mercado reduziu em muito as suas previsões: janeiro de 2024 em 11,958%; janeiro de 2025 em 10,46%; janeiro de 2026 em 10,19% e janeiro de 2027 em 10,32%, os juros reais inclusos nessas taxas reduziram para 6,59% ao ano, aproximando-se da taxa de juros calculada pela coluna de 6,43%. Já as taxas dos títulos dos Estados Unidos caíram significativamente, a taxa para 2 anos é de 4,909% e para 10 anos é de 4,416% ao ano.

Ainda pelo relatório Focus, a previsão do resultado primário para 2023 manteve-se em -1,10% do PIB, enquanto para 2024 em -0,80%, para 2025 em -0,60% e para 2026 em -0,45%. Nesse ano o resultado primário acumulado em 12 meses, finalizado em setembro de 2023, foi de -0,8% do PIB, ainda menor do que a previsão do relatório Focus que é de -1,10% para o ano até dezembro.

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Marcos Freitas Pereira 

Natural de São Paulo, acumula mais de 40 anos de experiência no mercado. Doutorando em Turismo, Mestre em Finanças e economista. Fundador e atual sócio da AM Investimentos e Participações que investe em clínicas médicas, turismo, gastronomia e lazer e entretenimento. Foi também fundador da WAM Brasil maior comercializadora de multipropriedade turismo imobiliário do mundo.

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