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Coluna do Freitas: Cenário bom para a economia brasileira

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Essa semana o noticiário econômico foi muito favorável a economia brasileira tanto para o fechamento do ano de 2023 como para o início do ano de 2024. No Brasil o Banco Central, conforme previsto, anunciou redução de 0,5 ponto percentual na taxa referencial de juros, de 12,25% para 11,75% e anunciou que nas reuniões de janeiro e março de 2024 deverá ocorrer a mesma redução, ou seja, em março a taxa referencial pode chegar em 10,75% ainda muito alta para o nível de inflação em torno de 4%. No FED, banco central americano, manteve-se a taxa de juros atuais entre 5,25% a 5,50% ao ano, porém, a presidente do banco central criou a expectativa de uma redução no início do próximo ano de 0,75 ponto percentual e que a inflação americana deve atingir o nível de 2% até o final de 2024. Com essas boas notícias a bolsa de valores atinge mais de 130 mil pontos batendo o recorde nominal, ou seja, sem considerar o efeito da inflação, considerando em dólar para excluir o efeito da inflação brasileira, 130 mil pontos se traduzem em US$ 27 mil, o recorde até agora foi em 2010 quando atingiu US$ 42 mil no último ano do 2º. governo Lula. Outra notícia importante é o resultado da balança comercial do Brasil, deve atingir superávit de US$ 100 bilhões em 2023, 61% acima de 2022. Até para os mais otimistas as notícias são ótimas para o final do ano e para início de 2024.

As projeções realizadas no relatório Focus divulgado no dia 11 de dezembro trouxeram pequenas variações em relação à semana anterior acompanhando as boas notícias econômicas. Para o PIB de 2023 houve crescimento da previsão de 2,84% para 2,92%; 2024 aumento de 1,50% para 1,51%; 2025 aumento de 1,90% para 2,00% e 2026 manteve em 2,00%.  Já para a inflação a previsão de 2023 foi reduzida de 4,54% para 4,51%; 2024 aumento de 3,92% para 3,93% e 2025 e 2026, manteve a projeção de 3,50%.

As projeções da Taxa Selic mantiveram-se as mesmas, para 2023 de 11,75%, para 2024 de 9,25%; para 2025 e 2026 de 8,50%. Com as previsões da Selic e a previsão da inflação para os próximos 12 meses de 3,91 %, a taxa de juros reais da economia, calculada pela coluna reduziu para 6,34% ao ano.

Quando se analisa a curva de juros do Brasil para os próximos anos, o mercado reduziu significativamente suas previsões: janeiro de 2025 em 10,07%; janeiro de 2026 em 9,615%; janeiro de 2027 em 9,70%; janeiro de 2028 em 9,98% e janeiro de 2029 em 10,17%, os juros reais inclusos nessas taxas reduziram para 6,19% ao ano. Já as taxas dos títulos dos Estados Unidos também reduziram, a taxa para 2 anos é de 4,311% e para 10 anos é de 3,93% ao ano.

Ainda pelo relatório Focus, a previsão do resultado primário para 2023 elevou-se para -1,20% do PIB, enquanto para 2024 reduziu de -0,80% para -0,76%, para 2025 manteve-se em -0,60% e para 2026 manteve-se em -0,50%.  Segundo o IPEA a estimativa do déficit primário até novembro é de R$ 114 bilhões, o que corresponde a 1,14% do PIB. Ressalta-se que o Senado aprovou a PEC de Transição 32/2022 em dezembro de 2022 autorizando o novo governo gastos extraordinários da ordem de R$ 145 bilhões.

Marcos Freitas Pereira 

Natural de São Paulo, acumula mais de 40 anos de experiência no mercado. Doutorando em Turismo, Mestre em Finanças e economista. Fundador e atual sócio da AM Investimentos e Participações que investe em clínicas médicas, turismo, gastronomia e lazer e entretenimento. Foi também fundador da WAM Brasil maior comercializadora de multipropriedade turismo imobiliário do mundo.

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