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Coluna do Freitas: Inflação e Desemprego no Brasil

Imagem de rawpixel.com no Freepik

Foi divulgado, pelo IBGE, a prévia da inflação oficial de agosto de 2024, o IPCA-15, foi calculado em 0,19% contra 0,30% de julho de 2024 e contra 0,28% de agosto de 2023. Depois da aceleração de julho a inflação desacelerou em agosto.

A FGV, no seu relatório Boletim Macro de agosto, já sinalizava com essa desaceleração da inflação em agosto, ela prevê IPCA, inflação oficial, a ser divulgado em meados de setembro, uma deflação de 0,03%, reduzindo o índice de 12 meses de 4,50% para 4,23% que deverá ser mantido nesse patamar de 4,2% até dezembro de 2024.

Outro dado importante da FGV é o núcleo da inflação que está rodando entre 3,6% a 3,8% no acumulado de 12 meses.

Outro índice de inflação calculado no Brasil, é o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, em agosto o indicador foi de 0,29% contra uma expectativa do mercado de 0,44%

Com essas informações, a preocupação do Banco Central do Brasil com a aceleração inflacionária se afasta temporariamente, não justificando tecnicamente aumento na taxa de juros básica da economia na Reunião do Copom em setembro. A inflação prevista para os próximos 12 meses, conforme Relatório Focus é de 3,83%, portanto, a taxa de juros reais da economia segue extremamente alta, em torno de 6% ao ano.

Ainda falando em indicadores da economia real, o Ministério do Trabalho e Emprego, através do Novo Caged, divulgou que nos primeiros sete meses do ano a economia brasileira gerou 1,49 milhão de novos empregos, esse número já é maior do que a geração total de emprego em todo ano de 2023 de 1,46 milhão. O ano de 2024 pode fechar o exercício com o índice de desemprego de 6,6% (projeção dessa coluna), a menor desde 2011 que foi de 4,7%, situação declarada de pleno emprego no Brasil na ocasião.

As projeções realizadas no relatório Focus divulgado no dia 23 de agosto trouxeram variações em relação à semana anterior. Para o PIB de 2024, aumentou de 2,23% para 2,43%, para 2025 reduziu de 1,89% para 1,86% e manutenção das previsões para os anos de 2026 e 2027 em 2%. Já para a inflação, a previsão de 2024 aumentou de 4,22% para 4,25%; 2025 aumentou de 3,91% para 3,93%, 2026 manteve em 3,60% e 2027 manteve-se a projeção de 3,50%.

As projeções da Taxa Selic, 2024 manteve em 10,50%, 2025 manteve-se em 10,00%, 2026, aumentou de 9,00% para 9,50% e 2027 manteve-se em 9,00%. Com as previsões da Selic e com o aumento da previsão da inflação para os próximos 12 meses de 3,73% para 3,83%, a taxa de juros reais da economia, calculada pela coluna reduziu para 6,26% ao ano. A taxa prevista para o final do ano, com Selic em torno de 10,50%, equivalerá taxa de juros reais de 6,42%, ainda acima da taxa de juros reais neutra divulgada pelo Banco Central que é de 4,5%.

Quando se analisa a curva de juros do Brasil para os próximos anos o mercado projeta: janeiro de 2025 em 10,935%; janeiro de 2026 em 11,705%; janeiro de 2027 em 11,635%; janeiro de 2028 em 11,78%; janeiro de 2029 em 11,735% e janeiro de 2034 em 11,73% (Cotações – Juros Futuros – Ferramentas | InfoMoney), os juros reais inclusos nessas taxas são de 7,81% ao ano.  Já as taxas dos títulos dos Estados Unidos negociadas para 2 anos são de 3,867% e para 10 anos são de 3,822% ao ano, apresentando redução em relação à semana anterior.

Ainda pelo relatório Focus as previsões do resultado primários foram, 2024 de -0,65% do PIB, 2025 de -0,77%, 2026 de -0,50% e 2027 de -0,40%.

Abaixo, a tabela das projeções dos indicadores econômicos para 2024 com a atualização do Relatório Focus e a manutenção das previsões da coluna.

E, abaixo, quadro de projeção do IPCA até o final de 2024 para eventuais cálculos de projeções.

Marcos Freitas Pereira 

Natural de São Paulo, acumula mais de 40 anos de experiência no mercado. Doutorando em Turismo, Mestre em Finanças e economista. Fundador e atual sócio da AM Investimentos e Participações que investe em clínicas médicas, turismo, gastronomia e lazer e entretenimento. Foi também fundador da WAM Brasil maior comercializadora de multipropriedade turismo imobiliário do mundo.

 

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