Segundo pesquisa realizada pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), houve, entre 2021 e 2022, um movimento de descentralização das franquias no que diz respeito à distribuição do faturamento e das unidades por regiões. De acordo com dados do ranking da ABF das 30 maiores cidades em variação por unidades no primeiro semestre de 2022, as redes estão se expandindo mais em capitais fora do eixo Rio-São Paulo e no interior. Manaus (AM) lidera o ranking de maneira inédita com a maior variação (35,1%).
Em seguida estão as capitais de Cuiabá (MT), com variação positiva de 31,7%, e Belo Horizonte (MG), com 30,9%, em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Entre as Top 10, três não são capitais: São José do Rio Preto, Santo André e Jundiaí (SP).
Redes querem expandir na cidade
Corroborando com a descentralização do setor, mais especificamente na capital amazonense, algumas redes contam com unidades de sucesso na região. A Seguralta, maior corretora de seguros do Brasil, conta com cinco franquias, a Love Gifts, rede de presentes criativos, possui uma loja e a Acuidar, única franqueadora de cuidadores do país chancelada pela ABF, duas unidades. “Escolhemos a região, principalmente devido à quantidade de idosos – quase 10% da população, sendo um local muito estratégico para nós”, explica Doutor Vitor Hugo, fundador da Acuidar. A Mary Help, franquia pioneira no Brasil na intermediação dos mais variados serviços domésticos, também possui uma unidade. O que essas marcas têm em comum? Todas enxergam oportunidades para novas aberturas na cidade. E estão investindo nisso.
Já outras redes de franquias como Arena Baby, Alergoshop, SuperGeeks, Marketing Bag, Sonhagro, Espaço Make, Brasileirinho Delivery, Caipira in Box, Mercadoo, Neo Delivery e Mr.Cheff Pizza, que ainda não têm franquias na cidade, estão focando seus planos de expansão para a abertura de lojas para o público manauara.
Quase 80% do PIB do AM é produzido em Manaus
Com 55% da população do Estado, a capital concentra a maior parte da produção da riqueza (80%) por conta da produção industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cidade que, em 2020 foi o quinto Produto Interno Bruto do País, responde por 79,10% do PIB do Amazonas, enquanto outros quatro municípios não chegam a 2% de participação.