Por Pedro Bouhid
Com custos influenciados diretamente pela cotação do dólar, investir em uma usina solar nunca esteve tão barato quanto em 2023. Grandes, médios e pequenos consumidores estão pagando em média 10% a menos para implantação devido à baixa do custo com equipamentos em comparação com os valores praticados durante todo o ano de 2022. Dentre outros fatores porque o dólar fechou o semestre com desvalorização de mais de 9%, fazendo cair os valores dos módulos e inversores fotovoltaicos, que, em sua maioria importados da China, são responsáveis por mais de 50% do preço total de uma usina solar.
Além da queda do dólar, o decreto que zerou os impostos federais de componentes de painéis solares até 2026 também contribui para o cenário favorável e nos deixa muito otimistas com as vendas nos próximos meses. Observamos um cenário bastante promissor, porque, para além da variação cambial e dos incentivos fiscais, o movimento de pressão de preços por falta de insumos que tivemos nos últimos anos está em queda, não sendo mais um problema para o setor, que já consegue atender toda demanda, que vem crescendo ano a ano.
Estamos, sem dúvidas, no melhor momento para adquirir uma usina solar, depois de entrar em vigor o Marco Legal da Geração Distribuída em janeiro de 2023, levando em consideração a queda no preço da usina e as perspectivas de aumento médio de 5,6% na conta de energia este ano no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Sem contar as possibilidades de novas soluções personalizadas mais maduras, como os sistemas híbridos e a instalação para clientes já no mercado livre de energia.
Tudo isso favorece a viabilidade do investimento e deve manter o Centro-Oeste no ranking dos maiores geradores de energia solar do País. Mato Grosso e Goiás estão entre os oito estados com mais de 1GW de potência na geração distribuída, ao lado de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Santa Catarina.
Outro ponto a favor do consumidor que deseja ter sua usina solar é que o Centro-Oeste é um dos melhores locais do Brasil em irradiação solar, com uma incidência ainda maior neste período de seca, já que são poucas as nuvens no céu. São meses de produção acima da média de consumo do cliente, proporcionando geração de créditos a serem abatidos em meses de menor produção.
Além de uma preocupação cada vez maior com o meio ambiente, a economia de até 95% na conta de energia, conforme potência instalada, é fator determinante nesse crescimento. E quanto maior esta potência menor o preço pago por quilowatt de potência de pico (kWp). Assim, uma usina residencial tem um custo médio de R$ 4.600 por kWp e uma usina de minigeração (maior que 75 kW), cerca de R$ 3800 reais por kWp. Com a queda no preço dos equipamentos, a substancial economia gerada e um retorno do investimento em aproximadamente três anos, quando colocamos na ponta do lápis, investir em energia solar é mais rentável que muitas opções no mercado financeiro e de investimentos alternativos. Energia solar, a hora é agora!
Pedro Bouhid
Diretor executivo da Yellot, uma energy platform que atua no mercado de energia há 7 anos.