Nos últimos anos, as mulheres vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e em posições importantes. Segundo uma pesquisa realizada pela Grant Thornton, empresa global de auditoria, consultoria e tributos, as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança no país. Em 2019, esse número era de 25%. Apesar de já ser um grande avanço, ainda há um longo caminho a ser percorrido.
De acordo com Janine Brito, CEO do Grupo Pinheiro de Brito e presidente do Lide Mulher Brasília, a liderança feminina se destaca pela alta capacidade de exercer diferentes funções simultaneamente: “Na nossa rotina de líderes empresariais, estamos sempre exercendo funções diversas e equilibrando nossas profissões e famílias, sem deixarmos de lado as demais responsabilidades cotidianas. Estas combinações nos capacitam a nos ajustarmos rapidamente às novas situações do mercado e nos concentrarmos em soluções efetivas para os problemas enfrentados no trabalho, o que torna o gênero feminino altamente preparado para os cargos de liderança”, defende.
A presença feminina no mercado de trabalho como líderes pode gerar um aumento de até 12 trilhões de dólares no Produto Interno Bruto (PIB) global até 2025, segundo um estudo da consultoria McKinsey. No Brasil, esse acréscimo seria de cerca de 410 bilhões de dólares.
“As mulheres têm um senso muito mais empático e sensível quando assumem cargos de liderança, o que ajuda as empresas a terem ambientes organizacionais mais equilibrados e humanizados. É muito comum vermos mulheres assumirem cargos de comando com maior interatividade com a opinião das equipes técnicas e operacionais”, acrescenta Janine.
Além disso, a inserção de mulheres em ambientes de poder é extremamente impactante na luta pela igualdade de gênero. Portanto, é possível perceber a necessidade de estimular que sejam tomadas medidas para isso. Para Janine, é importante que as empresas tenham consciência da relevância da mulher como líder.
“É essencial que comecem implementando medidas de inclusão e reconhecimento da mulher para que haja um estímulo no mercado de trabalho. Exemplos dessas medidas são: criar um ambiente de trabalho em que a mulher seja respeitada, não diferenciar os gêneros e promover treinamentos que as ajudem a melhorar sempre suas performances, conciliando toda a sua vida pessoal com a profissional”, finaliza.