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Criptomoedas, dados sensíveis e a ANPD

Reprodução/ANPD

Por Tiago Sabino

A recente decisão da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) trouxe à tona uma reflexão essencial sobre o uso de dados biométricos e as suas implicações legais. A determinação para a empresa Tools for Humanity suspender a oferta de criptomoedas em troca do escaneamento de íris, destaca a importância do consentimento informado nesse processo.

A Agência agiu para garantir que a anuência para o tratamento de dados biométricos seja livre, informado e inequívoco, conforme estabelecido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Esse movimento é um alerta sobre os riscos do uso de dados pessoais e de como práticas enganosas podem ser evitadas por meio de regulamentações rigorosas.

Para ilustrar a questão, antes da intervenção da ANPD, mais de 400 mil brasileiros se submeteram ao escaneamento da íris na esperança de receber criptomoedas. Isso levanta a preocupação de que a busca por benefícios financeiros possa levar os usuários a negligenciarem suas preocupações sobre privacidade e segurança.

Tais casos evidenciam a necessidade de orientar  a população sobre a importância de proteger seus dados pessoais em meio as  inovações tecnológicas.

Nesse mundo cada vez mais digital, a proteção de dados pessoais deve ser priorizada para que os indivíduos possam participar de projetos que envolvem dados biométricos. É crucial garantir que o consentimento seja esclarecido e que não haja influências financeiras que possam obscurecer a decisão do usuário.

Tiago Sabino (@tiago_sabino)

Especialista em Cybersecurity e Inteligência Artificial

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