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Da Barsa à inovação: jovem aposta na simplificação para impulsionar negócios

Divulgação

Um mergulho na história de cada negócio é a chave para a estrategista brasileira Julliane Cardoso romper as abordagens tradicionais e oferecer soluções criativas e precisas para os desafios corporativos. Contra a perda de tempo provocada por extensas listas de processos e defensora da simplificação como caminho para a máxima eficiência, a jovem de 33 anos tem conquistado o mundo com ideias disruptivas. Após temporada na Inglaterra e Portugal, ela lança a Ondah, um novo conceito de consultoria de inovação e estratégia de negócios, em Goiânia.

Julliane comenta que essa nova metodologia de trabalho surgiu como uma resposta à insatisfação com os modelos tradicionais para trazer à tona o propósito evolutivo de empresas e profissionais e, dessa forma, direcionar ações para conectar marcas, colaboradores e clientes de maneira mais profunda. Em um período, no qual modelos prontos e respostas rápidas e genéricas são oferecidos a todo momento, ela avalia que, em geral, diversas propostas para melhorar performances de vendas e comunicação oferecem uma sequência de ações, que não geram resultados porque são repetitivas e acumulam muitas tarefas, por vezes, desnecessárias.

Em contrapartida, a estrategista de negócios atua a partir de três valores principais, que são acreditar na simplificação como ápice da sofisticação, assumir que o ativo mais valioso de toda empresa é o ser humano e equilibrar lucro e propósito. Por isso, explica que a consultoria Ondah se assemelha a uma caixa de ferramentas adaptável e flexível, que pode ser adaptada conforme o contexto e as demandas específicas de cada cliente de forma mais genuína.

A ousadia das estratégias atuais apresentadas por Julliane, que tem conquistado clientes no Brasil e Europa, se conecta com o início da trajetória profissional da jovem. Num formato um pouco distante para os dias atuais, em 2008, aos 16 anos, ela percorreu 14 estados do Brasil para apresentar e vender a Barsa, a primeira enciclopédia nacional, que era uma das principais fontes de informação antes da popularização da internet.

Na época, ela foi emancipada pelos pais, se mudou para Porto Alegre e depois migrou para a região Nordeste e depois foi para Rondônia a pedido da editora. Por lá, viveu por dois anos, bateu as metas de vendas e ganhou duas premiações nacionais, que lhe deram viagens para Disney e Foz do Iguaçu. Julliane recorda que o trabalho de venda da Barsa foi fundamental para o amadurecimento de habilidades profissionais inovadoras.

De acordo com ela, o ponto forte foi aprender sobre as pessoas, pois tinha que apresentar, em centenas de cidades diferentes, um produto complexo porque ninguém acordava num dia qualquer pensando em comprar uma enciclopédia. “Era necessário fazer uma leitura cultural do lugar e das pessoas para saber quais estratégias iriam funcionar e, isso, sim, trouxe um amadurecimento e um entendimento que é preciso sempre inovar: o que funcionava numa cidade, não funcionava na outra. Daí, o segredo era sempre o mesmo: entender as pessoas. Sem entender as pessoas e o contexto em que estavam inseridas, era impossível vender na escala que a gente vendia”, recorda.

Em 2012, aos 21 anos montou uma empresa de desenvolvimento de sites e, como tinha poucos recursos financeiros, usou o limite do cartão de crédito para iniciar o projeto. O negócio deu certo e, cinco anos depois, já graduada em publicidade e com experiência em gestão em grandes agências de comunicação, fundou a sua segunda empresa com foco em estratégias digitais. No ano de 2020, criou uma agência digital, cuja atividade foi extinta para que, em 2022, surgisse a consultoria de marketing e negócios, Caju.

Agora, com o lançamento da Ondah, ela acumula duas empresas, mas a segunda em formato de autogestão. “Não acredito no formato tradicional, no qual a estratégia e o planejamento partiam da agência, e não da própria empresa. Isso me levou a criar a Ondah para adaptar soluções criativas para diferentes tipos de organizações, profissionais e desafios”, explica Julliane, que acumula 16 anos de experiência no mercado brasileiro e internacional.

A jovem recorda que, após uma viagem de veleiro pelos mares da Turquia, consolidou a metodologia da Ondah. “Assim, como ao velejar, o trabalho deve ser direcionado e efetivo. Perder tempo com uma lista imensa de atividades não gera resultado e produtividade. Quando tudo se torna homogêneo, cria-se um labirinto difícil de navegar. Mas, acreditamos que as melhores respostas, que, às vezes, parecem escondidas, estão em detalhes óbvios, que costumam ser ignorados. Essa é a base da nossa consultoria, que faz uma análise profunda e transforma em um processo simples as novas ações, a partir dos dados concretos e do envolvimento das pessoas que integram as empresas.”

Segundo ela, um dos preceitos orientadores da Ondah é que o futuro é humano e que os propósitos evolutivos não podem ser inventados. “Não adianta criar uma frase bonita e colocar na empresa. Quem faz isso não consegue o engajamento das pessoas e pode até se tornar alvo de chacotas internas porque não faz sentido para as equipes.” A estrategista afirma que quando se entende a história da empresa e como a equipe a enxerga, consegue-se dar força a algo importante que estava enfraquecido.

Em um grupo de contabilidade com clientes em todos os estados brasileiros, ela conta que, após uma imersão com os colaboradores, veio à tona um método, que já era replicado pelos trabalhadores no cotidiano, mas que não havia sido identificado anteriormente. “Existia uma forma coesa e coerente de trabalho, que motivava todos no dia a dia. Agora, a empresa vai lançá-lo como o seu método de resolução de problemas elaborado em 25 anos de existência para reforçar o engajamento com seus colaboradores e sua reputação com seus clientes e sociedade”.

Julliane afirma que essa consultoria de estratégias para este negócio foi um exemplo de aplicação dos pilares da Ondah, com a simplificação dos processos, a partir da inclusão da forma aplicada pelos trabalhadores, a valorização do ativo humano e a detecção do propósito evolutivo da organização.

“Primeiro, vamos lá e simplificamos, estimulamos estratégias para criar senso de autoresponsabilidade entre as pessoas. Não tem nada mais desastroso do que pessoas sem vontade de trabalhar e, por outro lado, não existe nada mais poderoso do que pessoas motivadas,” frisa. Outro caso, de acordo com ela, foi o de uma estilista com experiência internacional e desfiles no São Paulo Fashion Week, que, depois de um longo e profundo período de imersão, conseguiu identificar o propósito evolutivo de sua marca, que é produzir roupas com memória.

Esse movimento fortaleceu a identidade dela e da marca e, ao mesmo tempo, mobilizou positivamente toda a sua equipe. Assim, Julliane reforça que, a partir do objetivo central da Ondah que é encontrar soluções simples para desafios complexos, tornou-se possível evitar distrações, perda de tempo com listas infinitas de tarefas e impulsionar o crescimento das organizações.

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