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Da Síria para Goiás: o ariche produzido diretamente do Cerrado

Foto: Maria Antonieta Toledo / Comset Agrodefesa

O cenário de produção artesanal de queijo em Goiás ganha novos contornos com a conquista do Selo Arte e de Queijo Artesanal pelas queijarias regionais. Habilitação concedida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e inspecionada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), o reconhecimento de um produto artesanal pelo Selo Arte vai além das garantias de qualidade, originalidade e regionalidade daquela receita, como também abre as portas para sua comercialização em todo o território nacional.

Hoje, estão devidamente homologadas na Agrodefesa, e acompanhadas periodicamente, cerca de 12 queijarias artesanais goianas, dedicadas a produzir receitas originais de forma artesanal de queijos que estão ganhando os paladares mais exigentes pelo país afora. Conheça a seguir um pouco da história de algumas dessas queijarias que têm contribuído com boas práticas agropecuárias e de fabricação artesanal; e alçado o nome de Goiás a patamares mais elevados quando o assunto é queijo.

Conheça a seguir a trajetória da Queijaria Helou

De descendência síria, a família de Eduardo Helou optou por fazer da fabricação de queijo artesanal um estilo de vida. Formado em Relações Internacionais, com carreira por Brasília e Goiânia, Eduardo se mudou com a família não só de endereço para se dedicar a uma vida mais próximo da natureza; eles escolheram adotar a profissão de queijeiros como oficial, em uma propriedade rural em Itauçu (GO).

O queijo escolhido para a produção da queijaria Helou remonta a história de seus antepassados: o ariche. A receita de família, que era feita para ser compartilhada como forma de exaltar a gastronomia do país de origem de seus antepassados, ganhou novos contornos pelas mãos do queijeiro artesanal, que hoje faz três versões de ariche: natural, com adição de zatar e com adição de zatar e pimenta.

Por não produzir o próprio leite, Eduardo Helou escolheu um produtor que se comprometeu em fazer o curso de boas práticas agropecuárias e que realiza os testes de qualidade que são exigidos. “No entanto, com o apoio e orientação da Agrodefesa, eu montei o meu próprio laboratório na queijaria, onde faço o teste a cada nova remessa de leite que recebo, antes de iniciar a produção”, explica.

Com auxílio dos conhecimentos do pai, que é engenheiro, e os pareceres técnicos da Agrodefesa, Eduardo construiu a Queijaria Helou dentro dos padrões exigidos pelas normas técnicas, e hoje possui espaço para ampliar sua produção. “Tenho muito interesse em fazer a coalhada síria”, adianta.

Semanalmente, a queijaria processa 600 litros de leite que resultam em média em 500 peças de ariche, de 150 gramas cada. Apesar de contar apenas com seis meses de operação, o queijo árabe produzido em Itauçu já chegou a São Paulo, Minas Gerais e à capital goiana, onde tem uma clientela apreciadora da sua qualidade e sabor único.

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