Palmas Empresas (TO) – Os recursos obtidos na 8ª emissão de debêntures simples pela Raízen Energia, anunciada na última quinta-feira, 25, permitirão que a empresa amplie as operações de etanol de segunda geração (E2G). “As expectativas são de utilizar nossas estruturas de capital e reforçar e acelerar o investimento em E2G”, afirmou o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Carlos Moura, em entrevista ao Broadcast Agro. “Agora é a hora de a gente expandir”, completou.
A primeira série de emissões dos títulos de dívida terá prazo de vencimento de oito anos e a segunda série, de 12 anos. Os intervalos, na avaliação do diretor financeiro da empresa, são sinais da “confiança e credibilidade”.
“Essa credibilidade e essa confiança proporcionam uma habilidade para a companhia investir mais e, no ambiente de juros altos que a gente está vivendo, verificar qual é a melhor equação de prazo e custo da nossa dívida”, explicou.
De acordo com o executivo, o ambiente externo e interno permanece “desafiador e muito volátil”, mas a Raízen mantém um balanço financeiro sólido e com fundamentos bem endereçados. “A gente está muito confiante em fazer mais um ano-safra histórico”, completou Moura.
A companhia já tem uma unidade gerando combustível a partir do bagaço de cana na planta Costa Pinto. O parque de bioenergia, localizado em Piracicaba (SP), tem capacidade para produzir 32 milhões de litros de etanol de segunda geração por ano e opera “a plena carga”, segundo o executivo.
Nesse cenário, Moura ressaltou que a Raízen prepara a expansão de mais plantas associadas, além das três em construção, em função de “uma demanda muito crescente”.
De acordo com ele, a procura por E2G da Raízen é essencialmente absorvida pelo mercado externo. “A gente está praticamente com o ano de 2022/23 vendido em E2G e com prêmio em relação ao E1G”, afirmou o diretor financeiro, destacando que o mercado já chegou a registrar variações de mais de 80% entre os preços dos etanóis.
A companhia estima que sua segunda planta produtora de E2G, anexa ao parque de bioenergia de Bonfim (SP) e com capacidade de produção de 82 milhões de litros do etanol, fique pronta em fevereiro de 2023. Já as unidades ligadas aos parques de bioenergia Univalem (SP) e Barra (SP) serão entregues durante o próximo ano, segundo Moura.