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Economia Brasileira 2023

Crédito da imagem: Freepik

Por Marcos Freitas

A economia Brasileira, nos últimos dias, tem apresentado resultados satisfatórios e interessantes, tendo em vista, as previsões do começo desse ano pelos economistas de bancos e de instituições, alvo de críticas no meu artigo publicado nesse espaço no dia 9 de março de 2023.

A boa notícia internacional foi a melhora da avaliação de crédito do Brasil pela agência de risco Standard & Poor´s, o reflexo dessa melhora na confiança dos investidores estrangeiros com o país foram a valorização da bolsa de valores atingindo 120 mil pontos, iniciou o mês a 110 mil, valorização até agora de 9% e a desvalorização da moeda dólar atingindo R$ 4,78, após iniciar o mês a R$ 5,03, queda de quase 5%.

Internamente a melhora de três indicadores chamam muito a atenção.

O primeiro é quanto a previsão do PIB (Produto Interno Bruto), no meu artigo de 09 de março o mercado previa um crescimento de 0,84% para o ano de 2023 conforme pesquisa Focus realizada pelo Banco Central junto as instituições financeiras. 

Na última pesquisa, do dia 16 de junho, Focus apresentou uma nova previsão de crescimento do PIB para 2023 de 2,14%. Crescimento muito significativo. Esse crescimento fica melhor ainda quando analisamos outros indicadores do PIB. Conforme cálculos da FGV, através do Monitor do PIB, a economia já está crescendo acima de 3% ao ano, em abril cresceu 3% em relação ao mesmo mês do ano anterior e cresceu 3,8% em relação ao trimestre móvel em relação ao trimestre do ano anterior. Ainda sobre o PIB, o Banco Central divulgou o IBC-Br para abril crescimento de 0,56% e no acumulado 12 meses de 3,43%

Portanto, quanto ao indicador PIB a economia está crescendo entre 3% a 4% no ano.

Outro indicador importante e tem que tido melhora significativa é a inflação oficial medida pelo IPCA-IBGE (Índice de Preço ao Consumidor Amplo -IBGE). Em março de 2023 o relatório Focus previa uma inflação de 2023 de 5,96%, já no último relatório, 16 de junho, a previsão caiu para 5,12%, porém, outras previsões já apresentam inflação em torno de 4,5% no ano. A inflação acumulada em 12 meses até maio foi de 3,95%, em junho com a deflação prevista para o mês deve chegar a 3,20%. Restarão 6 meses, julho a dezembro, julho a setembro a inflação de 12 meses deve crescer, pois a base de comparação com o mesmo período de 2022 é de uma deflação quando o governo reduziu os impostos estaduais do combustível. 

Mesmo subindo a inflação nos próximos 3 meses, a previsão da inflação ficar abaixo de 4,5% no ano é muito grande.

O terceiro e último indicador a ser analisado aqui, é tema de uma discussão e controvérsia, a taxa de juros básica no mercado estabelecida pelo Banco Central nas reuniões do COPOM. A pressão para que o Banco Central reduza essa taxa é muito grande, pelos empresários, por economistas, principalmente o mercado de varejo que tem sofrido muito com as altas taxas de juros. Se considerar uma taxa básica de 13,75% e uma previsão de inflação de 4,18% para os próximos 12 meses (previsão Relatório Focus), o Brasil tem a maior taxa de juros real do mundo, 9,2% ao ano. Não há setor econômico que possa suportar tal taxa.

Hoje, dia 21 de junho de 2023, o Banco Central divulgará a taxa para os próximos 40 dias, toda a expectativa é de que ele mantenha a taxa nesse patamar, porém, acene para uma redução na próxima reunião em agosto. O ideal que a redução ocorra nessa reunião. O Banco Central precisa colaborar com a economia brasileira, como as agências de risco e investidores estrangeiros que estão dando votos de confiança à condução econômica.

Marcos Freitas Pereira

Natural de São Paulo, acumula mais de 40 anos de experiência no mercado. Doutorando em Turismo, Mestre em Finanças e economista. Fundador e atual sócio da AM Investimentos e Participações que investe em clínicas médicas, turismo, gastronomia e lazer e entretenimento. Foi também fundador da WAM Brasil maior comercializadora de multipropriedade turismo imobiliário do mundo.

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