Campo Grande Empresas (MS) – Nesta semana, a Eldorado do Brasil lançou o relatório de práticas sustentáveis que mostrou avanço na pauta ESG da empresa em 2021. Dentre as informações reveladas, foram publicados planos nas áreas ambiental, social e de governança, além dos resultados e principais destaques do ano.
A operação produziu volume recorde de celulose em 2021, gerando energia elétrica a partir de fonte renovável por meio de todo o resíduo do eucalipto – tecnologia inédita no país. Atualmente, 96% da energia consumida na operação da fábrica provêm de fontes renováveis.
De acordo com Carmine De Siervi Neto, diretor presidente da Eldorado Brasil,
“temos no nosso DNA o mais absoluto compromisso com as melhores práticas, sob uma perspectiva ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês), como podemos demonstrar, com máxima transparência, nesse relatório”, comenta.
De Siervi acrescenta que a visão no longo prazo da empresa se manteve nos momentos mais difíceis.
“A despeito do cenário desafiador da pandemia, houve um aumento de 14,4% no quadro de funcionários, e a manutenção de uma série de iniciativas para apoiar o desenvolvimento das comunidades onde atuamos”.
O investimento em tecnologia, fitossanidade, combate aos incêndios florestais, entre outros fatores, contribuíram com a produção de 1,77 milhão de toneladas de celulose branqueada de eucalipto. O volume produzido no ano superou em 18% a capacidade nominal da fábrica, de 1,5 milhão de toneladas.
A eficiência operacional da companhia, medida por meio do máximo ritmo sustentável (MSR) sobre a média de produção, ficou em 93,6% em 2021, maior desde a partida da fábrica.
A companhia controla mais de 116 mil hectares de áreas de conservação ambiental, equivalente a 30% do total de suas áreas de atuação.
“Faz parte da gestão da biodiversidade, a avaliação de áreas naturais mais ricas e importantes para a conservação, o monitoramento e a análise dos ecossistemas nas áreas onde estão localizadas as operações”.
“Isso permite identificar os impactos do processo no sentido de mitigar os aspectos negativos e proteger as áreas ecologicamente sensíveis”, continua Fábio de Paula, gerente de Sustentabilidade da Eldorado.
Para acompanhar a restauração de áreas degradadas por atividades desenvolvidas antes da atuação da empresa, a operação conta com indicadores específicos, localizados em áreas de conservação.
Um deles é o indicador de Diversidade em números de espécies e indivíduos, que apresentaram 25% e 32% das áreas monitoradas, respectivamente.
“Contamos também com projetos para potencializar os benefícios gerados pelos plantios florestais, mantendo uma matriz para identificar possíveis impactos socioambientais, sejam positivos ou negativos, oriundos de nossas atividades”, acrescenta o executivo.
Bioenergia
Usando como combustível tocos, raízes de eucalipto e madeira considerada inservível – vitimada por pragas ou doenças; proveniente de incêndios; naturalmente mortas; quebradas por ventos; ou com déficit hídrico, a empresa é capaz de gerar energia limpa por meio de biomassa.
A usina termoelétrica Onça Pintada, situada no mesmo complexo da fábrica de celulose da Eldorado, iniciou suas operações em abril de 2021, com capacidade instalada de 50 megawatts (MW).
O empreendimento se destaca pela tecnologia para geração de energia elétrica, inédita no Brasil.
Essa tecnologia permite o aproveitamento integral do eucalipto, conferindo ainda mais eficiência e sustentabilidade ao processo produtivo da Eldorado Brasil.
Os investimentos destinados à usina foram de R$ 400 milhões, e a energia gerada é suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes.
A companhia tem autorização para ofertar energia renovável da Onça Pintada ao Sistema Interligado Nacional (SIN); e a usina produziu, em 2021, 240.988 mil MWh, obtendo receita de R$ 76 milhões.
Mesmo antes da entrada em operação da Onça Pintada, a Eldorado já era autossuficiente na geração de energia elétrica limpa e renovável, a partir de biomassa de resíduos da produção de celulose, como a lignina e restos de madeira.