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Em Brasília, empresa de moda faz da crise oportunidade e cresce reinventando seu negócio

Na foto: Polliana Ribeiro, Millena Lopes e Roberta Luiza (Crédito: Vestido de Chita/ Reprodução)

Brasília Empresas (DF) – Para auxiliar financeiramente a família e dar apoio ao irmão mais novo, que começou a estudar em uma faculdade particular, a jornalista, Millena Lopes resolveu investir no próprio negócio. O empreendedorismo entrou em sua vida por necessidade, Millena, que já trabalhava com vendas, resolveu investir seu conhecimento na área para empreender no ramo da moda.

Em 21 anos de experiências no comércio, a empresária aprendeu sobre atendimento, controle de estoque e disposição de produtos. Criar a Vestido de Chita foi a oportunidade ideal para colocar em prática o conhecimento adquirido em todos os anos de trabalho e construir sua própria marca.

“Foi quando conheci uma costureira e, com R$ 600 na mão, fiz uma proposta pra ela”, conta Millena. A costureira fez as primeiras peças de roupa e duas amigas da jornalista ajudavam na produção das fotos dos produtos, que Millena vendia usando o porta-malas do seu carro. As amigas se tornaram sócias por um tempo, mas acabaram tocando outros projetos. “Como era o meu sonho, persisti”, relembra.

Com o negócio crescendo e a produção aumentando, Millena percebeu as necessidades do seu público, e buscou se adaptar. A Vestido de Chita ganhou as redes sociais e o estoque já não cabia mais no porta-malas. Foi quando a empresária resolveu alugar o subsolo de um prédio no Sudoeste para fazer um showroom e realizar atendimentos agendados. “Funcionou por pouco tempo porque a demanda foi muito grande. Não foram nem dois meses assim. Tivemos que contratar uma vendedora e abrir as portas todos os dias. Aí sim virou uma loja”, conta Millena.  

A empresária já está há cinco anos no mercado da moda com seu próprio negócio. Durante esse tempo, ela sempre buscou aperfeiçoar os conhecimentos para ampliar seus horizontes. “Estou com o Sebrae desde o início, desde quando era Microempreendedora Individual (MEI). Fiz tudo o que me foi oferecido: acompanhamento, consultoria, curso, evento, palestra, workshop, tudo!”, revela.

A loja, que já nasceu com vocação para e-commerce, foi criada junto a um blog para servir de vitrine e expor os produtos criados. Hoje, tem um site para vendas online e um site para revenda, entregando produtos para todo o país, com vendas no atacado e varejo.

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus em 2020, muitas dúvidas surgiram sobre as novas oportunidades para o negócio. “No meio da pandemia, fiz vários cursos e consultorias no Sebrae”, conta a empresária. “Quando a loja estava fechada, tive várias ideias, mas temia que todas dessem errado. Sempre fiquei insegura de inovar e mudar o escopo do negócio”, ela relata.

Com coragem, Millena resolveu investir e testar novos produtos. A loja, que antes só produzia vestidos e macacões, passou a diversificar sua produção, começando pelas máscaras e depois, com os pijamas. “Com a pandemia, percebi que as pessoas estavam buscando roupas mais confortáveis. Então, pensei em modelar pijamas estilo americano para testar”, explica. O resultado foi surpreendente: a empresária vendeu todo o estoque em dois dias e agosto foi o melhor mês de vendas da Vestido de Chita nos últimos 20 meses.

crise foi um momento de reinvenção para a empresária, mostrando que há formas de contornar momentos difíceis. “Eu resetei o meu negócio e consegui meu melhor resultado em 20 meses. Estudei bastante, fiz muitos testes, cometi alguns erros e tive muitos acertos. E continuo fazendo muitos testes”, relata.

De acordo com Millena, hoje o objetivo da Vestido de Chita é ser uma marca conhecida e reconhecida como uma confecção de roupas femininas, que valoriza a liberdade das mulheres e as diferentes fases pelas quais ela passa. “Queremos também que nossa marca seja sempre lembrada pelo relacionamento afetuoso com nossas clientes. Este é o nosso principal valor”, diz a empresária.

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