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Em MS, produção industrial tem melhor resultado sobre o mês de maio desde 2010

(Foto: Freepik/fanjianhua)

Campo Grande Empresas (MS) – A produção industrial de Mato Grosso do Sul alcançou, em maio de 2021, o melhor resultado já registrado para o mês desde 2010. A pesquisa foi realizada em 55 empresas pela Sondagem Industrial, produzida pelo Radar Industrial da FIEMS, entre os dias 1 e 14 de maio.

De acordo com os dados, cerca de 86% das empresas industriais do Estado apresentaram estabilidade ou aumento na produção.

“Comparando com o mesmo mês do ano passado, essa participação foi superior em 23 pontos percentuais”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende.

“Com esse desempenho, o índice de evolução da produção fechou maio de 2021 com crescimento de 9,7 pontos na comparação com igual mês do ano anterior e de 4,7 pontos sobre a média histórica obtida para o mês”.

Além disso, a alta da utilização da capacidade instalada no mês de maio foi a maior dos últimos sete anos. 

“Em maio, 71% dos respondentes disseram que a utilização da capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês, resultado 29 pontos percentuais maiores que o verificado no mesmo mês do ano passado”, completou.

Em relação ao patamar médio de utilização da capacidade total, o resultado chegou a 72%, totalizando 6 pontos percentuais a mais do que em maio de 2020.

Perspectivas positivas

Sobre o índice de expectativa do empresário industrial, o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende explicou que como a demanda atingiu 58,6 pontos, há uma expectativa de aumento a partir de junho.

“Em junho, 42% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses. Por outro lado, para o mesmo período, 5% preveem queda. Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 53% do total”, disse o coordenador.

Os empregados atingiram 51,9 pontos, sinalizando que deve haver um aumento nas contratações a partir do meio do ano. 

“Em junho, 15% das empresas disseram que o número de empregados deve aumentar nos próximos seis meses. Por outro lado, 5% acreditam que esse número deve cair, enquanto 80% das empresas esperam manter o número de funcionários estável”, destacou o economista.  

No caso das exportações, o resultado alcançou 52,3 pontos, apontando que o volume exportado tende a aumentar pelos próximos meses. 

“Em junho, 6% dos respondentes disseram esperar aumento nas exportações de seus produtos nos próximos seis meses. Enquanto 2% acreditam que deva ocorrer queda. Já as empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 14% do total. Por fim, 78% disseram que não exportam”, informou Ezequiel Resende.  

Já o índice de intenção de investimento voltou a subir. Em junho, o indicador alcançou 58,1 pontos, número 7,9 pontos maiores que a média histórica obtida para o mês.  

 “O atual levantamento reflete uma alta participação das empresas industriais que pretendem realizar investimentos nos próximos seis meses, correspondendo a 60% do total. Por fim, os resultados variam de 0 a 100 pontos, quanto maior o índice, maior é a intenção de investir”, ressaltou o economista da FIEMS.  

Índice de Confiança e expectativas para os próximos seis meses

Ainda segundo o levantamento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial chegou a 63,4 pontos, indicando 3,3 pontos a mais do que o mês anterior, e 9,9 pontos a mais em relação à média histórica de maio.

“A melhora na confiança deve-se, sobretudo, ao maior otimismo do empresário com os próximos seis meses. Somada também a percepção de que a economia está se recuperando, principalmente pela avaliação feita em relação às condições atuais”, disse Resende.

“O índice de confiança permanece bem acima da linha divisória dos 50 pontos, indicando que o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue confiante”.  

O economista finalizou reforçando que em junho 56,3% dos empresários se mostraram confiantes sobre o desempenho da economia brasileira.

Já à economia estadual, o resultado ficou em 47,3%, e no caso da própria empresa, 60% dos usuários responderam que acreditam em uma melhora do desempenho apresentado.

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