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Em tempos de Pandemia, reveja conceitos e saia na frente!

A crise gerada no Brasil com a Pandemia, após anunciadas as primeiras medidas de isolamento em diversos Estados da federação colocou em evidência tudo aquilo que já era conhecido pela grande maioria dos empresários brasileiros, a dificuldade de planejamento e gestão do seu próprio negócio. Nunca em tão pouco tempo eles tiveram que responder a tantas dúvidas advindas de seu próprio “ganha pão”.  Com a suspensão parcial de atividades comerciais e de aglomerações nos centros urbanos, pequenos e médios negócios foram gravemente afetados e se viram em situação para lá de delicada.

A corrida pelo crédito, as renegociações com parceiros e fornecedores, a aplicação de medidas governamentais, “tudo isso junto e misturado”, fizeram que o sistema nervoso central de nossos empresários entrasse literalmente em parafuso. Empresas com 2 anos, 10 anos, 30 anos e até 50 anos de existência se viram na mesma jornada pela manutenção de sua perenidade.

Repensar suas decisões tornou se palavra-chave, ter atitudes de curto prazo para sobreviver (até o final da Pandemia) mas não perder o foco no médio e longo prazo e principalmente administrar a ansiedade que atacou em cheio sua equipe pela realidade que o vírus levou até eles.

Esse novo momento no país, deixou muito evidente a má-gestão ou até mesmo a falta dela em nosso ambiente empresarial. Muitas que nem usavam, sequer sabem aplicar conceitos básicos de geração de valor para acionistas, funcionários, parceiros, fornecedores, clientes e a comunidade de um modo em geral durante sua trajetória.

O lucro tratado a qualquer custo, que seria fator fundamental nesses momentos de crise, a dificuldade de aplicação de governança, a transparência, a confusão na pessoa física dos proprietários e/ou donos, onde capitalizam excessivamente retornos dos empreendimentos e sacrificam o capital de giro na manutenção do dia a dia da empresa.

Muitos foram os sucessores que nem sabiam por onde começar. Quando olharam para trás, viram tudo que foi construído pelo patriarca e agora diante de tamanha confusão não sabem sequer pedir conselho ao mesmo, pois estão neutralizados diante de tantas dúvidas.

Com certeza os empreendimentos e negócios que sairão melhor desta crise são aqueles que atuam com um propósito maior que apenas a lucratividade. Segundo recente pesquisa da USP com 22 empresas, “aquelas tidas como conscientes dentro do ambiente de negócio são mais rápidas em reagir as mudanças de cenário, porque seus funcionários são mais engajados e sua gestão tem uma visão mais abrangente do negócio”.

Para muitos negócios, compartilhar o resultado desse momento com a pandemia, falta de gestão e sucessão nos negócios me parece algo coerente. A pandemia veio reviver para o mundo empresarial conceitos básicos de negócios, como custo baixo, margens apertadas, o conceito do ganha-ganha, da valorização funcional, do lastro com fornecedores, bancos, parceiros e sociedade de modo geral.  De agora em diante fazer bem aos outros, assim como gostariam que fizessem conosco precisa ser um lema no ambiente de negócios, gerando assim atividades mais colaborativas.

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