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Em um ano, setor de serviços tem recorde na geração de empregos

(Crédito da imagem: Freepik/rawpixel.com)

Campo Grande Empresas (MS) – O setor de serviços gerou 3.233 novos empregos com carteira assinada em Mato Grosso do Sul no mês de fevereiro, conforme aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sendo um recorde nos últimos doze meses.

“O setor de serviços tem chamado muito atenção, registrando alta desde o ano passado. Com a pandemia, muitas pessoas tiveram de se reinventar para sobreviver e buscaram alternativas diante da crise. No Estado, temos muito forte o empreendedorismo, as pessoas estão buscando alternativas diante das adversidades”, explicou a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio de Mato Grosso do Sul, Daniela Dias.    

Em fevereiro deste ano, o setor de serviços registrou saldos positivos, tendo desligado 6.167 pessoas e contratado outras 9.400.

Conforme dados do Caged, os serviços de administração pública e comunicação foram os principais subsetores do setor de serviços, respondendo por 1.055 e 1026 vagas, respectivamente. A contratação de professores temporários no início do ano letivo representou 790 novas vagas, e na saúde foram criados 268 postos de trabalho.

Daniela destaca que a expectativa é de que o setor de serviço continue em alta no decorrer dos meses. 

“A tendência é de que continue em expansão, sendo essa uma possibilidade de mercado no pós-pandemia, pelo menos 70% dos serviços oferecidos devem continuar e aumentar ainda mais a demanda, o que é muito positivo para Mato Grosso do Sul, ainda mais em meio à crise econômica que vivemos”, destacou.

ESTADO  

Mato Grosso do Sul registrou 7.054 novos empregos com carteira de trabalho assinada em fevereiro, segundo o Caged, sendo mais do que o dobro do total de vagas abertas em janeiro (3.609), que acumula 10.663 novos empregos gerados nos dois primeiros meses do ano. 

O setor do comércio gerou 1.652 novas vagas de trabalho; a indústria, 1.086; a agropecuária, 767; e a construção civil, 663.

O Estado contabilizou 23.660 admissões, contra 16.606 demissões. O resultado é melhor do que o apresentado em fevereiro do ano passado, quando foram gerados 5.975 postos de trabalho no Estado, resultantes de 23.375 admissões e 18.400 desligamentos.

O economista Mateus Soares destaca que, considerando o período atípico, o resultado é muito positivo para o Estado, uma vez que a pandemia impactou diretamente no mercado de trabalho e na geração de emprego.  

“Vivemos em um período muito complicado, com o aumento de casos da Covid-19, tivemos diversas medidas de restrições, tudo isso acaba influenciando. No atual cenário, os números apresentados são extremamente positivos, tivemos várias admissões e demissões, mas ainda assim o nosso saldo de empregos está positivo, isso é fundamental”, explicou o especialista.  

Entre os municípios, Campo Grande foi o que mais contratou, com saldo de 1.458 vagas, seguido por Três Lagoas (467) e Dourados (450).  

Já as cidades que mais fecharam postos de trabalho foram: Corumbá (-28), Rochedo (-14), Miranda (-8), Aparecida do Taboado (-7) e Coronel Sapucaia (-2).

Conforme o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a geração de empregos é uma das prioridades do governo do Estado, porém, o agravamento da pandemia em Mato Grosso do Sul preocupa.  

“Essas notícias são extremamente positivas, contra praticamente a metade disso no mês de janeiro. Lembrando que tínhamos aí uma linha de recuperação econômica prevista, uma expectativa do setor empresarial de que entrou na retomada da economia. Em março, tivemos um agravamento da situação da pandemia, o que deve gerar impactos”, pontuou.

NACIONAL  

O Brasil gerou 401.639 novos postos de trabalho em fevereiro deste ano, resultado de 1.694.604 admissões e de 1.292.965 desligamentos de empregos com carteira assinada, com alta de 1% para o período. Com isso, o saldo de contratações no acumulado do ano ficou positivo em 659.780 postos.

Entre os segmentos, o setor de serviços também apresentou o maior saldo, com mais de 173 mil empregos. Em segundo aparece a indústria, com 93.621 postos de trabalho, seguida pelo comércio, com 68.051 contratações, a construção civil, com 93.621 vagas, e por fim a agropecuária, com 23.055 oportunidades.

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