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Fixa ou variável, entenda qual caminho escolher para investir

Crédito da foto: Pexels

Por Artur do Prado e Túlio Florentino

A maioria das pessoas leigas sobre o assunto que algum dia pesquisou sobre o mercado de ações e correlatos, se deparou com esses dois termos: Holder ou Buy and Hold e Trader ou trade (e suas derivações). Essas são as duas estratégias mais faladas e conhecidas de investimentos em bolsa de valores, sem sombra de dúvida, mas não são as únicas.

A verdade é que o mercado de renda variável tem uma infinidade de estratégias de investimentos para todos os tipos de perfil, de conceito, de gosto, de experiência, de bolso e todos os tipos de investidores. Vamos começar pelos mais conservadores deles: o famoso “Buy and Hold”! Muita gente, ao ouvir esse termo, associa imediatamente ao megainvestidor americano Warren Buffet, e ao grande Luis Barsi. Não é pra menos, afinal, esses dois grandes nomes do mercado fizeram gigantescas fortunas bilionárias com essa estratégia de investimento.

Contudo, nem todo mundo sabe que essa estratégia foi desenvolvida pelo autor Bejamin Graham, economista londrino, autor de várias obras do assunto, dentre elas a que deu notoriedade ao Buy and Hold: “O Investidor Inteligente”. A obra de Graham foi publicada a primeira vez em 1949 e até hoje é um dos livros mais citados e lidos quando o assunto é investimentos – inclusive, se você não leu, não perde a oportunidade. Nesta obra, Graham explica no que consiste a técnica do Buy and Hold, que bem simploriamente, trata-se de comprar ativos que você acredita que trarão bons rendimentos, com solidez, segurança e que tenha potencial de crescimento futuro.

Parece simples, certo? E realmente é mais simples que a estratégia dos traders, contudo, essa estratégia exige um acompanhamento dos fundamentos dos ativos que se investe, dos fatores macroeconômicos que o circundam e alguns outros indicadores que poderão demonstrar que, uma empresa que um dia foi uma boa companhia se pensarmos com o viés do holder, em um momento futuro, pode perder essa qualidade. Ou seja, não basta comprar qualquer ação com bons fundamentos àquela época (menos ainda comprar qualquer ação sem observar os fundamentos da companhia) e esquecê-los em uma carteira eternamente. É preciso acompanhar de perto aquela companhia, afinal, o conceito do holder nasce da ideia de ser sócio de boas companhias e aproveitar dos frutos que essa companhia lhe concederá no futuro.

Porém, para se ter certeza de que a empresa te concederá bons frutos ao longo dos anos é preciso ter certeza que está sendo bem administrada, que tem finanças saudáveis, que alcança bons lucros com a sua produção e etc. Portanto, um holder deve acompanhar o mais perto possível a empresa que investiu e os fatores micro e macroeconômicos que a circundam.

Mas e o trader? Como atua esse investidor? Diferentemente do investidor holder, o trader é um investidor que negocia as oscilações do mercado de curto prazo. Basicamente, esse investidor negocia ações buscando aproveitar as mudanças nos preços dos ativos, ou seja, para esse investidor, não importa como anda a produtividade da empresa, os indicadores de endividamento, de performance ou de crescimento. Esse investidor só quer saber qual a direção dos preços das ações: tendência de alta, tendência de baixa, ou lateralidade.

Dessa forma, o trader rentabiliza a sua carteira fazendo negociações constantes das ações acreditando no movimento do preço do ativo negociado. Esse investidor, em geral está mais exposto ao risco de mercado (risco das oscilações dos preços), visto que não tem interesse em deixar seu capital parado por muito tempo, ou seja, caso após uma compra o preço da ação caia, esse investidor tem um limite de espaço para segurar esse papel, o chamado Stop Loss. Atingido o Stop loss, o investidor encerra sua posição com prejuízo e busca outra oportunidade de ganhar com a variação dos preços, por isso sua exposição ao risco de mercado é maior.

Em geral, o trader utiliza-se do conhecimento de análise técnica a chamada análise dos preços, de análise de macroeconomia, de acompanhamento de notícias e de movimentações das empresas para decidir os momentos certos de comprar ou vender ativos.

Portanto, vimos que existem duas grandes estratégias para se investir em renda variável e que para se ter êxito em qualquer uma delas é preciso conhecimento, é preciso cuidado, e muita observação. Por isso é sempre importante ter um profissional apto e competente para te ajudar, orientar quais os melhores momentos e os investimentos certos para você e seus planos. Por isso, procure um especialista.

Artur Prado

Assessor de investimentos e sócio da Blend Capital

Túlio Florentino

Assessor de investimentos e sócio da Blend Capital

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