A Geração Z está redefinindo o mercado de trabalho com comportamentos que desafiam os modelos tradicionais de atração e retenção de talentos. De acordo com o estudo global da Randstad, 54% dos jovens estão ativamente em busca de novas oportunidades de emprego, mesmo quando já estão empregados, um percentual que revela o quanto essa geração está em constante movimento.
A rotatividade também chama atenção: 22% dos profissionais da Geração Z trocaram de emprego nos últimos 12 meses, tornando-se a geração com maior índice de movimentações. E quando observamos os primeiros cinco anos de carreira, os números mostram ainda mais a impaciência em permanecer no mesmo lugar pois, em média, eles ficam apenas 1,1 ano em cada cargo, enquanto os Millennials permanecem 1,8 ano, a Geração X 2,8 anos e os Baby Boomers 2,9 anos.
“No Brasil, esse comportamento ganha contornos ainda mais desafiadores, já que os jovens buscam não só crescimento rápido e oportunidades reais de aprendizado, mas também ambientes de trabalho saudáveis e flexíveis”, destaca Wladimir Parada, diretor de Talent Solutions da Randstad Brasil.
Prioridades na hora de escolher uma vaga
No Brasil, o estudo mostra que o salário adequado continua sendo prioridade para 35% dos jovens. Mas, mais que remuneração, eles olham para fatores ligados à experiência de trabalho:
- 46% valorizam a flexibilidade de horários;
- 38% destacam o crescimento pessoal;
- 73% desejam gerenciar equipes no futuro, número acima da média global.
“Esses dados reforçam que a Geração Z não vê o trabalho apenas como uma fonte de renda, mas como parte central de sua identidade e propósito. Eles querem crescer, liderar e, ao mesmo tempo, manter a qualidade de vida.”, complementa Parada.
Tecnologia e inteligência artificial como aliadas
Outro ponto que diferencia essa geração é a relação com a tecnologia. Globalmente, 75% afirmam usar IA para se requalificar, muito acima das demais gerações. No Brasil, esse movimento é ainda mais forte: 71% dos jovens já utilizam inteligência artificial em suas atividades de trabalho, enquanto a média global é de 51%. Além disso, 79% dos brasileiros dizem estar entusiasmados com o potencial da IA.
Desafio para empresas
O estudo aponta ainda que, globalmente, 41% dos entrevistados acreditam que não conseguirão o “emprego dos sonhos” por conta de sua formação, ou ausência dela. Esse sentimento reforça a importância de programas de requalificação e desenvolvimento contínuo como ferramenta de retenção.
“Se por um lado essa geração traz energia, novas ideias e domínio tecnológico, por outro, cobra das empresas uma postura clara em relação à inclusão, diversidade e saúde mental. Escuta ativa e cultura organizacional saudável não são diferenciais, são expectativas básicas para atrair e reter esses talentos.”, finaliza o porta-voz.
O relatório “O plano da Geração Z para o mundo do trabalho: focado no futuro, em ritmo acelerado” foi realizado em 15 países com 11.250 trabalhadores, incluindo 750 brasileiros, analisando percepções, aspirações e desafios da Geração Z no mercado de trabalho. Clique aqui para acessar o estudo completo.
Sobre a Randstad
Fundada em 1960, na Holanda, a Randstad é líder em recrutamento e soluções completas de recursos humanos, com presença consolidada em 39 países, onde emprega diariamente mais de 650 mil pessoas. Com quatro especializações, a Randstad atua como parceira dos talentos e atende empresas de todo o mundo em seus desafios de gestão de pessoas e em diferentes áreas de negócios. A companhia também impulsiona a carreira de milhares de profissionais por meio de suas oportunidades de trabalho. No Brasil, desde 2011, conta com mais de 1000 colaboradores, e já contratou mais de 250 mil pessoas em todas as regiões do País.
____________
LEITORES ESTRATÉGICOS
Participem do canal STG NEWS – o portal de notícias sobre estratégia, negócios e carreira da Região Centro-Oeste: https://x.gd/O20wi