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Gerenciamento de riscos em um mercado dinâmico e globalizado

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Por Leo Moreira

A gestão dos negócios por meio de uma cadeia produtiva ágil, conectada e suprida dos controles necessários, sempre irão representar vantagens competitivas no mercado, contudo, atualmente existem diversos fatores que tornam estratégias e modelos de negócios cada vez mais complexos, em razão da conectividade e das soluções tecnológicas demandadas pela globalização, e principalmente pelas exigências dos consumidores, que não abrem mão de praticidade, segurança, custo-benefício evidente e boas práticas relacionadas à políticas de inclusão e responsabilidades sociais e ambientais.

Dessa maneira, na mesma medida que esses fatores complexificam a gestão da cadeia produtiva global, também as expõem aos riscos, que podem torna-las mais vulneráveis. Daí decorre a importância de trabalhar a gestão de riscos, antecipando-se a eles e preparando-se para eventuais problemas.

Gerenciar os riscos envolvem diversos processos, desde o planejamento, identificação, análises quantitativas e qualitativas, até o planejamento de respostas, monitoramento e controle.

Primeiramente, as organizações devem elaborar planejamentos estratégicos por meio de modelos de negócios que destaquem as metodologias inerentes aos gerenciamentos dos riscos, de acordo com a natureza dos mercados que estão inseridas, estipulando papéis e responsabilidades, definindo as categorias dos riscos e as probabilidades deles acontecerem e, principalmente, o impacto que podem causar.

Em seguida, as organizações devem identificar tais riscos, determinando quais são os riscos principais que podem afetar a cadeia produtiva e como eles deverão ser tratados. Para essa etapa é preciso coletar informações, essa coleta poderá ser realizada através de um brainstorming, por exemplo, ou de outras formas que envolvam entrevistas e análises que procurem compreender as origens de eventuais problemas.

Após elaborar o plano de gestão de riscos e identificar os riscos à cadeia produtiva, é preciso realizar a análise dos riscos. Esta análise deve ser qualitativa e deve priorizar os riscos de acordo com a probabilidade de ocorrência e da avaliação do seu impacto. A análise quantitativa deve ser realizada de maneira a estimar numericamente os efeitos desse risco sobre a cadeia; essa análise vai respaldar na tomada de decisão, podendo ser utilizada várias técnicas, como modelagem ou simulação.

Com os riscos conhecidos e com o plano de gestão elaborado, é preciso planejar as respostas aos riscos, desenvolvendo alternativas capazes de aumentar as oportunidades e minimizar as ameaças.

O planejamento de respostas deve contar com um responsável por risco. Por fim, é preciso manter os riscos sob monitoramento e controle, e é nesse momento que as respostas que foram previamente planejadas devem ser implementadas, além de continuar a avaliação de novos riscos. Na fase do monitoramento e controle de riscos verifica-se também a eficácia do gerenciamento, ou seja, se todas as etapas anteriores trouxeram resultados positivos.

As organizações que contam com o gerenciamento de riscos conseguem aproveitar melhor as oportunidades, se protegendo mais das ameaças, o que configura uma capacidade crítica no mercado caracterizado pela turbulência e imprevisibilidade do mundo corporativo atual.

Enfim, tornando-as mais competitivas e imunes aos riscos não controláveis, como de atos governamentais ou simplesmente como da recente pandemia da COVID-19, que exigiram esforços imensuráveis dos mercados e principalmente da população global.

Lembrem-se que a gestão de riscos é um fator de segurança que garante a continuidade das atividades e conferem vantagens competitivas num mercado dinâmico e sujeito a mudanças.

Leo Moreira

Empresário e professor, mestre em Gestão de RH e inteligência de Negócios, MBA em controladoria e finanças, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gestão Empresarial e Serviços. Cursou técnicas de negociação na Harvard University (EUA) e Gestão de riscos e tomadas de decisões na Chicago University (EUA). Diretor e 1º vice presidente do Sindicato das Empresas de Asseio, Conservação e Serviços Terceirizados de Goiás – SEAC-GO.

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