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Goiano consome 1,5 litro por ano e potencial do vinho é cada vez maior no Estado

Divulgação

A base de consumidores regulares de vinho chegou a 51 milhões de brasileiros no ano passado. Isso significa que 36% da população adulta prova vinho ao menos uma vez por mês, segundo dados da Wine Inteligence. O fato revela que o mercado de vinho brasileiro, apesar de ainda não ser maduro, pois há muito a ser desenvolvido, está engatinhando e é um grande oceano de oportunidades.

Goiás está definitivamente se inserindo no mercado do vinho, não somente como consumidor, mas principalmente como produtor, com vinhedos e vinícolas em Paraúna, Cocalzinho, Hidrolândia e Rianápolis. E quando o assunto é importação para trazer para o País o que existe de melhor de vinho no mundo, o nome é My Winery Importadora, que ocupa há dez anos este espaço e está colocando Goiás em um novo patamar quando o assunto é vinho. Foi apostando em um mercado totalmente novo e com grande potencial de crescimento que o casal Felipe Prigol, sommelier natural da Serra Gaúcha, e Marlla Santos, administradora goiana, fundaram a importadora em agosto de 2012.

História

Vindo de uma família de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde o vinho é visto como alimento e consumido nas refeições, Felipe tem sua paixão por vinhos desde sua infância, quando presenciava seu avô materno Orlando João Lanzarini vinificar no porão de casa uvas labruscas para consumo da família. “Trabalhei operando com alimentos e bebidas em hotéis, me especializei em vinhos na Inglaterra, onde conheci a Marlla”, recorda Felipe.

“Ambos tínhamos a ambição de empreender no Brasil. Em Goiás vimos um grande potencial, de fazer um serviço diferenciado na área de restaurantes, que é avançar o estoque, entregar rápido e montar cartas de vinho de acordo com os menus da casa. Assim surgiu a proposta inicial da My Winery: desmistificar, facilitar e fomentar o consumo do vinho”, conta Marlla.

Parceria que deu certo

Pensando na junção de conhecimento e habilidade, os sócios fundadores Felipe e Marlla convidaram o ex-colaborador Cássio Ribeiro para se juntar ao quadro societário da empresa no ano passado. “Além das qualificações técnicas e de consultoria, vimos seu grande comprometimento com a empresa, lealdade, competência e compartilhamento dos mesmos objetivos. Não nos restou dúvidas e o integramos”, afirma Marlla.

Uma vinícola para chamar de minha

Apesar do clima do Estado quente e seco, os sócios perceberam que o consumidor goiano está cada vez mais antenado ao mercado de vinhos. “Eles passaram a entender que nas temperaturas quentes, elevadas e com umidade baixa, os vinhos brancos, roses e espumantes são um grande atrativo, por serem leves e refrescantes”, aponta.

Com essas informações em mãos e como o próprio nome, My Winery, significa: “minha vinícola”, em 2016 a casa lançou a marca de espumantes que preza por leveza, equilíbrio e frescor chamada Cazzari. Produzido pela vinícola Luiz Argenta e tendo como enólogo responsável Edegar Scortegagna, os espumantes são elaborados com uvas selecionadas de vinhedos localizados na Serra Gaúcha e trazem na carta as versões Moscatel – apresenta aromas florais intensos e de frutas maduras como melão e abacaxi –, Brut Rosé – uma combinação clássica e elegante para gostos exigentes, com corte de Pinot Noir 70% e Chardonnay 30% – e Brut Branco – entrega aromas de damasco e frutas brancas como maçã e pera, com corte das uvas Chardonnay 60%, Riesling 20% e Pinot Noir 20%.

O sucesso foi tamanho que em 2018 a casa lançou uma linha de vinhos conceitual e numérica chamada My Winery, a qual busca capturar a expressão máxima do terroir, com a ajuda de grandes enólogos. “Quando falamos em terroir estamos falando de localidades específicas que produzem vinhos únicos, inimitáveis, que só serão obtidos ali devido a convergências de fatores geográficos, climáticos, históricos e culturais concentrados na região”, explica Marlla. O primeiro produto desta linha é o Espumante My Winery 01 Brut Branco elaborado com uvas Chardonnay 70% e Riesling 30% na região dos Altos Montes, em Flores da Cunha, também na Serra Gaúcha.

Inovação é algo que anda paralelamente à My Winery. Juntamente com o enólogo Vinicius Cercato, da vinícola Dunamis, em 2019, procurando uma solução para desmistificar o mercado, facilitar e fomentar o consumo de vinhos em Goiânia e região, Felipe trouxe ao mercado a Bag in Box My Winery. De forma resumida, a bag in box é um saco (bag) dentro de uma caixa (box) que foi desenvolvida para oferecer um armazenamento prático do vinho branco ou tinto. É servido diretamente na taça, por meio de uma torneira. A embalagem de 3 litros equivale a 4 garrafas de 750ml. “Dentre os benefícios que a BIB My Winery oferece, estão o custo mais baixo, o armazenamento prático e a embalagem totalmente reciclável”, enumera Felipe. A casa tem as opções BIB My Winery Tinto, com corte de Arinarnoa 90% e Tannat 10% e a BIB y Winery Branco, com Chardonnay 100%. “É uma excelente opção para restaurantes venderem vinhos por taça”, ressalta Felipe.

Bag in Box My Winery (Divulgação)

E os 10 anos não poderiam passar sem mais um lançamento. A casa presenteia os goianos e os brasileiros com o segundo vinho da linha numérica de vinhos, o My Winery 02. O tinto é um blend de corte das uvas Merlot, Tannat, Cabernet Franc, elaborado pelo método de co-fermentação na Campanha Gaúcha, fronteira do Brasil com o Uruguai, pelo enólogo Vinicius Cercato. No entendimento do enólogo e da My Winery, o blend é uma combinação fora da curva, especialmente por ser a safra 2020, considerada “a safra das safras”. “É um tinto de potencial de guarda alto, sendo um dos melhores custo-benefício da casa, que vai harmonizar bem com proteínas vermelhas e pratos de grande complexidade”, assegura Felipe.

Linha numérica 01 e 02 (Divulgação)

Consumo per capita no Estado

Cada brasileiro, em média, bebeu 2,64 litros de vinho em 2021, segundo estimativa da Ideal Consulting. Os argentinos, que registram o maior consumo per capita nas Américas, bebem 30 litros por ano, enquanto os portugueses, os maiores consumidores individuais do mundo, chegam a 69 litros por ano.

Apesar de ainda tímida, Felipe ressalta que o goiano tem consumido cada vez mais vinhos e está entendendo que o produto é um alimento, que pode ir à mesa, que complementa e agrega valor, além de ser também, uma bebida cultural. “Em Goiás, falamos em uma média de 1,5 litros de consumo per capita ao ano, mas a perspectiva é de um crescimento expressivo para o mercado de vinhos no Estado”, revela Felipe.

Abrangência nacional com importação e foco em pequenos produtores

Com um mercado em expansão, os sócios viram na importação mais um nicho de negócios em 2018. Hoje a empresa é especializada na importação e distribuição de vinhos. “Goiânia tem localização geográfica estratégica. Por estar no coração do Brasil, conseguimos operacionalizar em oito estados, além do Distrito Federal: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Mas nosso objetivo é alcançar uma penetração em todos os estados do Brasil”, prospecta Felipe.

O sócio fundador revela ainda que a escolha dos produtores que elaboram vinhos é feita com muito cuidado, focado na qualidade e na filosofia de trabalho similar à My Winery Importadora, que também preza por sustentabilidade e valor agregado. “Somos especialistas em vinhos de nicho, fabricados por pequenos produtores como as vinícolas argentinas Rogo, Eulen e Chikiyam, a uruguaia Bresesti, a chilena Rito e a recém-chegada à casa, a sul-africana Bobbejaan”, descreve. “São marcas que possuem muito valor agregado, além da qualidade, com muita dedicação do produtor. Nossa missão é levar essa qualidade ao consumidor final com eficiência e assertividade”, acrescenta.

A empresa está trabalhando na frente de franquias para buscar capitalidade á nível nacional. Em breve novidades no mercado.

Por fim, com foco na importação e distribuição de vinhos, além da criação de marcas próprias, a My Winery Importadora atua nos canais de venda on trade, venda direta ao consumidor, e off trade, outros canais que comercializam o produto como bares, restaurantes, hotéis e lojas especializadas.

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