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IBGE prevê safra de 308,5 milhões de toneladas para 2024, com queda de 2,8% frente a 2023

(Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O primeiro prognóstico da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2024 é de uma safra de 308,5 milhões de toneladas, com queda de 2,8% (ou menos 8,8 milhões de toneladas) ante a Safra 2023.

A estimativa de outubro para a Safra 2023 de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 317,3 milhões de toneladas, com alta de 20,6% (ou mais 54,1 milhões de toneladas) frente à Safra 2022 (263,2 milhões de toneladas). Em relação a setembro, houve decréscimo de 803,2 mil toneladas (-0,3%).

A área a ser colhida (78,0 milhões de hectares) cresceu 6,5% frente a 2022 (mais 4,8 milhões de hectares) e 0,2% (mais 183 508 hectares) frente a setembro.

O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. Frente a 2022, houve acréscimos de 5,0% na área do milho (declínio de 0,4% no milho 1ª safra e alta de 6,8% no milho 2ª safra), de 6,3% na do algodão herbáceo (em caroço), de 23,7% na do sorgo, de 8,9% na do trigo e de 8,1% na da soja, ocorrendo declínios de 7,9% na área do arroz e de 4,7% na do feijão.

1º prognóstico para a Safra 2024 308,5 milhões de toneladas
Variação da Safra 2024 / 2023 -2,8% (ou menos 8,8 milhões de toneladas)
Estimativa de Outubro para a Safra 2023 317 milhões de toneladas
Variação da estimativa de outubro / setembro 2023 20,6% (ou mais 54,1 milhões de toneladas)
Variação da Safra 2023 / 2022 -0,3% (menos 803,2 mil toneladas)

Na produção, houve aumentos de 27,0% na soja, de 12,5% no algodão herbáceo (em caroço), de 47,2% no sorgo e de 19,5% no milho (mais 10,1% no milho na 1ª safra e mais 22,4% na 2ª safra). Já no arroz em casca e no trigo, houve quedas de 4,0% e 8,7%, respectivamente.

Em outubro de 2023, o IBGE realizou o primeiro prognóstico de área e produção para a safra brasileira de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) em 2024, que deve chegar a 308,5 milhões de toneladas, um declínio de 2,8% (ou menos 8,8 milhões de toneladas) frente à safra de 2023, que foi recorde e, portanto, uma base de comparação relativamente elevada. O decréscimo da produção deve-se, principalmente, à soja (-1,3% ou -1 985 180 t) e ao milho (-5,6% ou -7 331 066 t).

Com relação à área prevista, apresentam variações positivas o arroz em casca (4,5%), o feijão (1,6%) e o sorgo (0,2%), e espera-se variações negativas para soja (-0,6%), milho (-0,4%), algodão herbáceo em caroço (-0,8%) e trigo (-0,3%).

A produção deve crescer no Rio Grande do Sul (41,2%) e declinar no Mato Grosso (-8,1%), Paraná (-9,6%), Goiás (-6,5%), Mato Grosso do Sul (-7,4%), Minas Gerais (-4,6%), Santa Catarina (-7,8%), Tocantins (-6,4%), Rondônia (-2,9%), São Paulo (-3,2%), Bahia (-2,9%), Maranhão (-0,9%), Piauí (-6,2%), Pará (-10,7%) e em Sergipe (-7,0%).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – A estimativa para a produção de algodão é de 7,4 milhões de toneladas, inferior em 3,0% à safra 2023, havendo um decréscimo de 0,8% na área a ser plantada e na área a ser colhida, esta última devendo alcançar 1,7 milhão de hectares. O rendimento médio, de 4 301 kg/ha, deve cair 2,2%. Em 2023, o clima favoreceu a produção do algodão, notadamente na 2ª safra, quando a maior parte da cultura é produzida.

ARROZ (em casca) – A primeira estimativa para 2024 é a produção de 10,5 milhões de toneladas, 2,5% maior que em 2023, com área ser colhida 4,5% maior e rendimento médio 1,9% menor. Essa produção deve ser suficiente para abastecer o mercado interno brasileiro.

FEIJÃO (em grão) – O primeiro prognóstico para a produção de feijão para 2024, considerando-se as três safras, é de 2,9 milhões de toneladas, declínio de 3,6% em relação à safra colhida em 2023. A 1ª safra deve produzir 1,0 milhão de toneladas; a 2ª safra, 1,2 milhão de toneladas e a 3ª safra, 693,1 mil toneladas.

MILHO (em grão) – A estimativa para a produção de milho é de 124,3 milhões de toneladas, uma redução de 5,6% em relação à safra colhida em 2023. Este valor é reflexo de uma produção menor no milho 2ª safra (-8,2%), que conta com um declínio significativo na produtividade de 7,5%.

Em 2023, o clima beneficiou as produções durante a segunda safra, havendo bons volumes de chuvas e um prolongamento do período úmido nas principais Unidades da Federação produtoras. Para 2024, o clima e os volumes de chuvas podem ficar aquém das necessidades das lavouras, podendo influenciar no seu rendimento, visto que o plantio se inicia somente no início do próximo ano. Além disso, há um recuo dos preços do milho no mercado, o que reduziu as margens de lucro dos produtores.

SOJA (em grão) – A primeira estimativa de produção, para 2024, indica que a produção de soja deve cair 1,3% em relação a 2023, embora a produção esperada para o Rio Grande do Sul esteja recuperando-se, e apresente um crescimento de 65,0%, para 20,9 milhões de toneladas. O volume de produção foi estimado em 149,8 milhões de toneladas de soja, o que deve representar quase a metade do total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos no País em 2024. Se confirmado, será a segunda maior produção obtida de soja, perdendo apenas para 2023, quando foi recorde de produção da série histórica do IBGE.

SORGO (em grão) – A estimativa da produção do sorgo, para 2024, é de 3,8 milhões de toneladas, com queda de 10,0% ante 2023. São esperadas quedas de produção em todas as regiões, à exceção da Nordeste, onde há expectativa de aumento de 1,6%, sobretudo na Bahia e Alagoas. Em Goiás e Minas Gerais, principais produtores, espera-se quedas de 10,9% e de 13,5% na produção, respectivamente, com um menor rendimento médio das culturas.

Estimativa de outubro de 2023 é de safra de 317,3 milhões de toneladas

A estimativa de outubro de 2023 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 317,3 milhões de toneladas, 20,6% maior que a obtida em 2022 (263,2 milhões de toneladas), crescimento de 54,1 milhões de toneladas. Em relação ao mês anterior, houve decréscimo de 803,2 mil toneladas (-0,3%). A área a ser colhida foi de 78,0 milhões de hectares, apresentando crescimento de 6,5% frente à área colhida em 2022, aumento de 4,8 milhões de hectares. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou um crescimento de 183 508 hectares (0,2%).

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,5% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimos de 5,0% na área do milho (declínio de 0,4% no milho 1ª safra e crescimento de 6,8% no milho 2ª safra), de 6,3% na do algodão herbáceo (em caroço), de 23,7% na do sorgo, de 8,9% na do trigo e de 8,1% na da soja, ocorrendo declínios de 7,9% na área do arroz e de 4,7% na do feijão.

No que se refere à produção, ocorreram acréscimos de 27,0% para a soja, de 12,5% para o algodão herbáceo (em caroço), de 47,2% para o sorgo, de 19,5% para o milho, com aumentos de 10,1% no milho na 1ª safra e de 22,4% na 2ª safra, enquanto para o arroz em casca e para o trigo, houve decréscimos de 4,0% e 8,7%, respectivamente.

Para a soja, a estimativa de produção foi de 151,8 milhões de toneladas. Quanto ao milho, a estimativa foi de 131,7 milhões de toneladas (28,0 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 103,7 milhões de toneladas de milho na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,2 milhões de toneladas; a do trigo em 9,2 milhões de toneladas; a do algodão herbáceo (em caroço) em 7,6 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 4,2 milhões de toneladas.

Todas as cinco regiões apresentaram variações anuais positivas em outubro

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a região Sul (23,9%), a Centro-Oeste (23,6%), a Sudeste (9,2%), a Norte (23,0%) e a Nordeste (7,5%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a região Norte (1,3%) e a região Centro-Oeste (0,3%); estabilidade, a região Sudeste (0,0%) e a região Nordeste (0,0%). A região Sul apresentou declínio de 1,9%.

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,4%, seguido pelo Paraná (14,4%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (9,0%), Rio Grande do Sul (9,0%) e Minas Gerais (6,1%), que, somados, representaram 80,2% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (50,9%), Sul (25,7%), Sudeste (9,6%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,2%).

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