Rondonópolis Empresas (MT) – Com rumos da economia no Brasil e no mundo ainda incertos, diversos setores ainda patinam em função da pandemia. Diante desse cenário, em Mato Grosso, representantes do setor já se articulam para garantir a sobrevivência das empresas. Segundo eles, a solução é o congelamento da carga tributária.
A preocupação é com a possível redução dos incentivos fiscais previstos no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial, o Prodeic, que incide diretamente no ICMS, considerado elevado no Estado.
“Não há margem para aumento de impostos nesse momento. A manutenção das alíquotas implica um aumento no preço final que é repassado ao consumidor. É isso que justamente nos preocupa e que queremos evitar”, afirma o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira.
“Otimismo cauteloso”
Espera-se que a economia brasileira volte a crescer em 2021. Para Mato Grosso, a expectativa é a mesma. Após queda em 2020, a estimativa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) é que o PIB registre expansão de 4%. No Estado, o crescimento pode até ser maior, mas não linear entre os setores.
Algumas áreas, porém, devem demorar mais a se recompor após a crise. Segundo Oliveira, os setores de eventos, bares e restaurantes e a rede hoteleira não têm uma expectativa de melhora aguda nos próximos meses.
“Estamos com um otimismo cauteloso. A economia global passa por profundas transformações e aqui não é diferente. As incertezas continuam elevadas e só diminuirão com a imunização [contra a covid-19] da maior parcela da população”, diz o presidente.
Em Mato Grosso, a projeção positiva deve ser impactada pelo agronegócio, o câmbio e as exportações.