A população goianiense enfrenta desafios diante da alta da inflação, que acumulou 5,28% nos últimos 12 meses até fevereiro de 2025, superando a média nacional de 5,06%. Entre os setores mais afetados, o de vestuário registrou um aumento de 4,0%, o que tem exigido adaptações dos lojistas para manter o ritmo de vendas. Os dados, disponibilizados pelo IBGE, fazem parte da edição desta quarta-feira (12) do Panorama Econômico CDL Goiânia, que acompanha os indicadores e tendências do mercado local.
Superintendente executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), Hélia Gonçalves analisa que o setor está em alerta uma vez que o aumento acelerado da inflação deve significar juros mais elevados. “Já temos uma alta na Selic definida pelo Banco Central que será oficializada na reunião da próxima semana. Com o IPCA em ascensão, o Copom deve elevar ainda mais as taxas. O que poderemos ver, nos próximos meses, é um comércio sentido grandes dificuldades.”
Os lojistas do setor de vestuário já sentem os efeitos do cenário econômico. Segundo a CDL Goiânia, muitas lojas têm apostado em promoções e condições especiais de pagamento para atrair consumidores e contornar a retração do mercado.
Alimentação e bebidas lideram o ranking da inflação
O grupo que mais pressionou a inflação na capital foi o de alimentação e bebidas, com alta de 9,2%, seguido pela educação, que subiu 6,7%. O impacto foi maior sobre as famílias de menor renda, que destinam maior parcela do orçamento para esses itens essenciais.
Goiânia faz parte das seis capitais monitoradas pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE, que mede a variação dos preços de bens e serviços para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
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