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“Inteligência Artificial nunca irá substituir o ser humano nas empresas”

Miguel Lannes Fernandes, diretor de IA da Revista Exame (Crédito: Sílvio Simões)

Estudos recentes mostram que 55% das empresas que aplicaram IA em suas operações já viram o lucro crescer. Com a utilização cada vez mais recorrente da tecnologia, há a ideia de que ela possa substituir o trabalho humano. Mas especialistas apontam o contrário. “Existe uma visão errada que o trabalho nas empresas é finito. Se o empresário tem uma equipe de 10 pessoas que faz 1000 tarefas, quando a inteligência artificial passa a fazer todas essas funções, não se demite funcionários. Porque uma empresa tem muito mais do que 1000 tarefas. Agora, o time vai ter tempo de fazer outras atividades para a empresa crescer”, analisa o diretor da Revista Exame, Miguel Lannes Fernandes.

 Ele participou de palestra com o tema Inteligência Artificial a Serviço do Comércio promovida nessa sexta-feira (18/10) pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), no espaço Arena Missão Digital, durante a 2ª Expo Fecomércio. O evento é realizado no Centro de Convenções de Goiânia, até domingo (20/10), pela Federação do Comércio Varejista de Goiás, com entrada gratuita.

 O diretor de Inteligência Artificial da Exame acredita que as empresas ainda não sabem muito bem como disseminar esse produto dentro da organização. Segundo ele, o que se tem são funcionários que utilizam a tecnologia para aumentar a produtividade em atividades como: escrever e-mail, criar conteúdo para a rede social, analisar e escrever contratos. Mesmo assim, Miguel Lannes Fernandes destaca que há empresas que já utilizam a IA em um primeiro nível de atendimento ao cliente, como por exemplo, em cardápios de restaurantes em qualquer idioma, ou no setor de turismo: em hotéis e condomínios quando o consumidor interage e obtém respostas através da máquina.

Crédito: Sílvio Simões

Mesmo com a modernização trazida pela tecnologia na relação com o cliente, o diretor avalia: “O diferencial de uma empresa para outra ainda será as pessoas dentro dela que estarão utilizando a inteligência artificial para fazer a empresa crescer. Assim como o avião, o carro e a internet não substituíram o homem, a IA também não vai . Há sempre um ser humano por trás da máquina”. E ainda completa: “O empresário que tem a visão que a IA irá substituir a mão -de-obra pensa pequeno. Para pensar grande, é preciso entender que a tecnologia vai permitir que se produza 10 vezes mais com os mesmos funcionários”.

 O presidente da Federação do Comércio Varejista do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiochi, concorda. Para ele, a IA é um instrumento facilitador de negócios. “Com certeza, o contato do ser humano com o cliente vai continuar acontecendo. As tecnologias não substituem o ser humano”, afirma. Mas o tema ainda é novidade para muitos empreendedores que não sabem como proceder. “O objetivo é fazer com que o empresário busque mais informações sobre o tema para aplicar nos negócios dele”, avalia.

 Por isso, ainda é preciso criar a cultura e o conhecimento sobre o assunto no comércio varejista. “Precisamos explicar ao comerciante o que é a IA. Atualmente, acredita-se, de forma errada, que muitas ações de inovação e tecnologia estejam ligadas ao tema. A Inteligência Artificial é tão importante que pode ser utilizada pelos empresários em todas as áreas do negócio”, afirma Leopoldo Veiga Jardim , diretor regional do Sesc Senac.

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