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Ipog lança pós em Psicologia do Neurodesenvolvimento e Aprendizagem

Freepik/Divulgação

O mercado de trabalho para profissionais especializados está em plena expansão, impulsionado pelo aumento das pesquisas sobre desenvolvimento infantil e pela crescente demanda por diagnósticos e intervenções precoces.

De acordo com levantamento realizado pela Eletronics Hub, o Brasil é um dos países em que se passa o maior tempo utilizando smartphones, telas e dispositivos eletrônicos. Em média são 9h diárias de uso da Internet, ficando atrás apenas das Filipinas. No caso de crianças e adolescentes, o celular é o dispositivo mais usado, e a exposição precoce e por longos períodos pode ser prejudicial. Com um olhar paralelo a este cenário, o Instituto de Pós-graduação e Graduação (IPOG) insere no seu catálogo o curso “Psicologia do Neurodesenvolvimento e Aprendizagem”, que traz práticas mais inovadoras e eficazes para psicólogos que desejam ser agentes de mudança na vida de seus pacientes.

“A pós-graduação em Neurodesenvolvimento e Aprendizagem é importante para atualizar os profissionais da área de psicologia e prepará-los para um mercado que exige do profissional capacitação para lidar com os primeiros sinais de transtornos de desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem. O transtorno de aprendizagem é um transtorno do neurodesenvolvimento com origem biológica, incluindo a interação genética, epigenética e ambiental, que influencia a capacidade do cérebro processar informações verbais e não verbais com eficiência. Ao serem identificados sinais de atraso no desenvolvimento, os pais devem procurar um profissional capaz de transformar não apenas a vida de seus pacientes, mas também de toda a rede ao redor deles”, pontua Fernando Silveira, coordenador do curso Neurodesenvolvimento e Aprendizagem do Ipog.

De acordo com dados da pesquisa do Ministério da Saúde, divulgados ano passado, aponta que 12% das crianças brasileiras de até cinco anos têm suspeita de atraso no desenvolvimento e não apresentam os comportamentos e habilidades esperados para essa faixa etária. A Organização Mundial da Saúde (OMS) possui diretrizes para o uso de telas por crianças e adolescentes, mas uma meta-análise recente indicou que somente 1/3 das crianças entre 2 e 5 anos cumprem os tempos máximos diários sugeridos. Sendo assim, é fundamental que a informação sobre os perigos das telas circule para que familiares, educadores e responsáveis possam lidar com a situação com mais seriedade.

Diante disso, o papel do psicólogo nunca foi tão essencial. Com uma formação robusta, a pós em “Psicologia do Neurodesenvolvimento e Aprendizagem”, proporciona o aprendizado das ferramentas mais avançadas para o diagnóstico e acompanhamento de transtornos do desenvolvimento e da aprendizagem, permitindo aplicar, corrigir e interpretar esses instrumentos com precisão. O profissional estará capacitado para desenvolver planos de intervenção personalizados, ajustados às necessidades específicas de cada criança, contemplando desde a estimulação cognitiva até adaptações curriculares eficazes.

Com carga horária de 432 horas e um total de 12 módulos, as aulas são programadas tanto online quanto ao vivo, via plataforma Zoom. Cada módulo é planejado a partir da responsabilidade de levar ao aluno uma sólida abordagem teórica, além de fornecer conceitos estudados que podem ser aplicados na prática, além de workshop de práticas ao vivo. As aulas acontecem em um final de semana por mês, em três dias consecutivos – sextas das 18h às 23h, sábado das 08h às 19h e domingo das 08h às 13h.

Suporte ao aprendizado e desenvolvimento de crianças

A primeira infância, período que compreende do nascimento até os 6 anos de idade, é considerada uma janela de oportunidades crucial para a saúde, o aprendizado, o desenvolvimento e o bem-estar social e emocional das crianças. As experiências na primeira infância impactam diretamente na fase adulta, porém cada vez mais crianças estão tendo contato com telas e, em grande parte, sem a orientação de nenhum adulto. Os pais e responsáveis precisam ficar atentos no tempo de telas e, principalmente, estimular as crianças e jovens a praticarem outras atividades que não necessitem de tecnologia, como leitura, pinturas, jogos ao ar livre e contato direto com a natureza.

Estudos prévios mostram que o uso excessivo de telas aumenta os riscos de atrasos no desenvolvimento motor, psicossocial, cognitivo e de linguagem da criança, além de reduzir a qualidade das relações interpessoais. “Os primeiros sinais costumam aparecer nos primeiros anos do ensino fundamental, quando as crianças precisam aprender a ler, soletrar, escrever e calcular diferente dos demais colegas. É comum erros constantes na leitura, confusão na manipulação dos sons, déficit para colocar números em sequência ou recordar datas, bem como números de telefones. Em escolaridade mais intermediária, pode ocorrer lentificação da leitura, limitações na compreensão e interpretação de textos, por exemplo”, afirma Fernando Silveira.

Diversas sociedades de pediatria ao redor do mundo se propuseram a fazer recomendações para o melhor uso das mídias digitais, principalmente por bebês e crianças. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, orienta que crianças menores de 2 anos de idade não devem ser expostas a telas, crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a, no máximo, uma hora por dia, já entre 6 e 10 anos devem utilizar telas por até duas horas diárias e crianças maiores e adolescentes, entre 11 e 18 anos, não devem ultrapassar o tempo limite de três horas de tela por dia, incluindo o uso de televisão e videogames. No entanto, evidências mostram que essas recomendações podem não estar sendo alcançadas, uma vez que crianças brasileiras entre 2 e 4 anos excedem o limite de tempo estabelecido.

“É importante pensarmos que a primeira infância é um período crucial para o desenvolvimento do indivíduo. As telas privam a criança de brincar, interagir, assim como de práticas psicomotoras fundamentais. Essa privação da socialização e do brincar social são fatores que prejudicam o desenvolvimento infantil. É importante que os pais brinquem com seus filhos, explorem suas potencialidades cognitivas, afetivas e sociais. Por meio da brincadeira, a criança vivencia o mundo, se expressa e, concomitantemente, se desenvolve. Atualmente, com o excesso de trabalho dos adultos, brincar com a criança tem sido adiado ou terceirizado para profissionais e também a escola”, reitera Fernando Silveira.

Com o crescente reconhecimento da importância de profissionais capacitados para lidar com transtornos de desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem, as oportunidades na área da psicologia se multiplicam. O mercado de trabalho para profissionais especializados está em plena expansão, impulsionado pelo aumento das pesquisas sobre desenvolvimento infantil e pela crescente demanda por diagnósticos e intervenções precoces, gerando uma demanda crescente para auxiliar no desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas e políticas públicas. Outro diferencial é a formação em apoio e orientação familiar, permitindo que o profissional amplie seu campo de atuação ao capacitar e treinar famílias, ajudando-as a estimular o desenvolvimento da criança também no ambiente familiar.

“Os pais ou responsáveis podem utilizar jogos que favoreçam o raciocínio, a tomada de decisão e o planejamento estratégico das crianças. Estimular os pequenos a pensar e explorar os brinquedos (bonecos, bonecas, por exemplo) abrindo portas para a criatividade. Importante destacar que não são brinquedos caros que favorecem a estimulação, mas sim a relação. Bloquinhos simples de madeira podem favorecer a construção de uma linda casa. Criança precisa ser criança. Assim, é fundamental estar com outras crianças da mesma faixa etária, praticar esportes, manter uma alimentação saudável, frequentar colégios de qualidade, receber estimulação parental e, se precisar, se sujar. Ações importantes para o processo de desenvolvimento das crianças”, finaliza.

A especialização em “Psicologia do Neurodesenvolvimento e Aprendizagem” também prepara psicólogos para atuar de forma estratégica e especializada com crianças e adolescentes que enfrentam transtornos como autismo, dislexia, TDAH, entre outros. Essa especialização amplia as possibilidades de atuação em setores da saúde focados na infância e adolescência, colaborando com equipes multidisciplinares em hospitais, centros de reabilitação e ONGs. Outro campo importante é a educação, onde psicólogos especializados podem atuar em escolas, ajudando no desenvolvimento de adaptações curriculares e no suporte ao aprendizado de crianças com necessidades especiais.

Os interessados na fazer a Pós em Psicologia do Neurodesenvolvimento e Aprendizagem podem entrar em contato com um dos consultores pelo link.

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