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Itaú une gigantes para criar hub Cubo Agro voltado à agtechs

Crédito da imagem: Divulgação

Campo Grande Empresas (MS) – O Itaú anunciou, ontem (13), em parceria com a Corteva Agriscience e o Grupo São Martinho, a criação do Cubo Agro especialmente voltado às agtechs.

O Cubo Agro vai funcionar na estrutura do Cubohub de inovação do banco, e tem como objetivo desenvolver a inovação do agronegócio no Brasil e na América Latina por meio da conexão entre startups, grandes empresas, fundos de investimentos e demais agentes do ecossistema.

A expectativa é que, a partir desse projeto, as empresas aumentem o número de negócios com base em inovação, obtenham ganho de eficiência operacional e, consequentemente, performance de mercado, promoção da cultura digital e maior impacto social e econômico.

Será uma intensa agenda de atividades para promover a geração de negócios e troca entre startups e demais elos da cadeia, como workshops, eventos de network e troca de experiência, cursos, treinamentos, entre outras.

Na visão da Corteva, primeira empresa do segmento a ingressar na comunidade Cubo no início de 2020, esse ambiente colaborativo permite construir, juntamente com as outras mantenedoras do hub e, portanto, de forma mais ágil, soluções para resolver os principais desafios dos produtores rurais, auxiliando, principalmente, em sua transformação digital e de serviços.

“A parceria que estamos construindo no Cubo Agro se conecta diretamente com a forma como estamos nos posicionando e sendo vistos pelo mercado: como uma empresa que tem inovação em seu DNA. Buscamos desenvolver soluções tecnológicas que ajudem o produtor rural a criar uma jornada digital de experiência de produtos e serviços”, comenta Mariana Castanho, Líder do Comitê de Inovação da Corteva Agriscience Brasil e responsável pela Área Comercial Leste da companhia.

Prospera

No início da parceria com o Cubo, um dos focos da Corteva foi dar escala a um programa chamado Prospera, que busca capacitar pequenos agricultores que trabalham com milho, em Pernambuco, para adoção de um sistema produtivo sustentável de alto rendimento e acesso a insumos, serviços e mercado consumidor.

O propósito é o de promover a geração de renda e o desenvolvimento das comunidades rurais. Desde o início da parceria, o Prospera já realizou um processo de inovação aberta com 13 startups de diversos setores.

A parceria já rendeu avanços em três frentes: vídeo aulas para oferecer cursos aos produtores, acesso do pequeno produtor ao aluguel de maquinário e marketplace para acesso a produtos e serviços agrícolas não disponíveis na região.

Recentemente, o Prospera anunciou dois novos mantenedores – Yara e Massey Ferguson – e a expansão da atuação para os estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O projeto também tem o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Estraégico 

Já a São Martinho, além de contribuir de forma significativa com o fomento e evolução das agtechs, busca, dentro de sua estratégia de negócios, conquistar novas receitas baseadas em projetos inovadores com características que possibilitem a ampliação de seu core business.

Uma das contribuições que a companhia espera realizar por meio do Cubo Agro, por exemplo, é o desenvolvimento de projetos com potencial de conectividade 5G no ambiente agroindustrial.

“A parceria com o Cubo Agro está alinhada com nossa visão de futuro para a São Martinho, em um momento de grandes transformações e desafios para o agronegócio brasileiro. Acreditamos que o hub será fundamental para a aceleração e sustentação de novos negócios para a companhia, permitindo a troca de experiências com demais parceiros do setor agro e novas conexões capazes de gerar valor para o ecossistema de inovação. Estamos muito otimistas com esta iniciativa”, afirma Marcelo Eskenazi, Head de Inovação da São Martinho.

Desafios 

Do lado do Itaú BBA, o objetivo com a criação do Cubo Agro é obter as melhores soluções tecnológicas frente aos desafios e ambições do banco e, com isso, estar capacitado para atender o cliente da melhor forma, apoiando nos desafios comuns que o mundo cada vez mais ágil, digital e competitivo exige.

“Temos plena convicção de que com essa iniciativa geraremos ainda mais valor para toda a cadeia produtiva do agro. Com a expertise do time Agro do Itaú BBA e com o apoio dos nossos parceiros estratégicos, conhecendo as singularidades de cada cliente, acreditamos que este primeiro passo será o início de grandes inovações”, afirma Mario Pires, diretor de Agronegócio do Itaú BBA.

Desde o início da pandemia, tem surgido quase que uma agtech por dia no Brasil, segundo o Radar Agtech Brasil 2020/2021, material elaborado pela Embrapa, SP Ventures e Homo Luders Research and Consulting. Os dados mostram um número de startups ativas 40% maior em comparação ao Radar Agtech Brasil 2019.

O estado de São Paulo possui a maior porcentagem de agtechs, com 48% do total, mas o relatório destaca a Região Nordeste, onde surgiu o maior número de novos empreendedores, em comparação com 2019.

Um outro estudo realizado pela ABStartups aponta que 72,6% das agtechs atuam dentro da porteira, ou seja, em tecnologias que auxiliam a produção e a gestão agrícola e 47,1% das agtechs já receberam investimentos, o que ressalta o potencial do setor.

“Estamos extremamente orgulhosos deste próximo passo do Cubo no setor e de poder contar com parceiros tão estratégicos. O Cubo Agro representa o amadurecimento daquilo que temos como missão, que é apoiar o crescimento das startups com grande potencial do Brasil e América Latina por meio da geração de negócios”, comemora Pedro Prates, co-head do Cubo Itaú.

Para o executivo, oferecer este ecossistema dinâmico, que estimula a troca de experiência e facilita o acesso às novas tecnologias, auxilia o processo de constante renovação digital, permitindo aumentos sensíveis na valorização do agronegócio que representa, atualmente, 26,6% do PIB nacional.

Em valores monetários, o PIB do País totalizou R$ 7,45 trilhões em 2020, e o PIB do agronegócio chegou a quase R$ 2 trilhões, evidenciando a relevância da iniciativa.

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