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Mais de 50 empresas do setor produtivo goiano aderem aos estudos do AgreGo

(Foto: Freepik/cookie_studio)

Goiânia Empresas (GO) – Lançado no início de julho pelo governador Ronaldo Caiado, o programa AgreGO tem recebido ampla participação do setor produtivo goiano. Inicialmente com 40 empresas elencadas para participar da fase de estudos, hoje mais de 50 já demonstraram interesse em compor o projeto. O plano com ações que visam promover o desenvolvimento industrial nos próximos 10 anos, em Goiás, é idealizado pela Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado (Adial), com apoio do Fórum das Entidades Empresariais e do Governo do Estado.

Ao descrever a iniciativa, o governador aponta que planejamento é fundamental. “Não acredito em improvisação. Algo para dar certo tem que ser muito bem estudado”, afirma.  Caiado ressalta ainda a importância das parcerias para o desenvolvimento e destaca a atuação de integrantes que desenvolvem o AgreGO. “Governo pode muito, mas não pode tudo, tem que ter parceiros, pessoas experientes, com vivência”, pontua.

Para o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, a parceria entre o setor produtivo e o Executivo goiano visa aumentar a atração de novos negócios para o Estado, com amparo em estudos científicos que avaliem as demandas, gargalos e projeções futuras de crescimento de importantes segmentos da economia goiana.

O projeto encontra-se na fase de mapeamento de cenários prospectivos e os trabalhos estão sendo executados pela Magno Consultores. O CEO da Magno Consultores, Roberto Lima, destaca a participação do setor empresarial.

“Somos procurados por empresas que querem contribuir com o levantamento de dados, e oferecerem a sua contribuição ao estudo. Percebemos, com isso, o quanto o setor necessita participar do processo de implementação de melhorias”, explica.  

Uma equipe de cinco consultores se dedica ao levantamento de dados junto às empresas representantes dos principais setores industriais do Estado e também junto a diferentes secretarias governamentais. O objetivo é formular, com bases fundamentadas, propostas de avanço ao setor produtivo, que poderão ser incorporadas às políticas públicas adotadas pelos próximos 10 anos.

Para o presidente executivo da Adial, Edwal Freitas Portilho, os avanços no segmento só serão alcançados quando coordenados junto ao governo goiano.

“Vimos que seria de fundamental importância levantar, com fundamentação técnica, os riscos e gargalos que impedem o desenvolvimento dos segmentos contemplados e, a partir disso, criar de maneira articulada entre o setor público e privado, medidas e/ou políticas que estimulem a agregação de valores, empregos, renda e oportunidades nas cadeias produtivas de maior relevância econômica, em Goiás”, define.

Avanços

O estudo que está sendo formulado pela Magno Consultores tem como escopo os segmentos mais representativos do setor produtivo goiano. Para isso, foi feita a divisão para abordagem das seguintes áreas: avícola, bovina, suína, lácteos, fármacos, soja, milho seco, dentre outros.

“Com esse recorte conseguimos mapear demandas, gargalos e projeções futuras de expansão que são perfeitamente aplicáveis aos demais setores industriais. A ideia é entregar propostas que mostrem uma visão agregada a todos os segmentos, e não vistas de maneira individual”, explica Roberto Lima.

Dentro do segmento governamental, estão sendo abordadas diretamente as seguintes secretarias: Geral da Governadoria (SGG); Indústria, Comércio e Serviços (SIC); Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa); Economia; Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad); Retomada; Desenvolvimento e Inovação (Sedi), além do Instituto Mauro Borges e o Sebrae Goiás. “Mas estamos abertos a incluir novas secretarias conforme a necessidade de buscar respostas que as envolvam. Buscamos entender como o governo pode contribuir para atender as demandas do setor produtivo, possibilitando o desenvolvimento de suas cadeias de valor”, indica.

Nesta etapa de levantamento de informações, os consultores buscam identificar as oportunidades e perspectivas que ofereçam maior competitividade às empresas; além de mapear os gargalos que emperram ou dificultam o avanço dos setores, de forma conjunta.

Após a fase de mapeamento de cenários será iniciada a etapa de análise e compilação de dados, que resultarão na formulação do Plano de Desenvolvimento Industrial goiano, previsto para ser apresentado em janeiro de 2022. Nele, estarão contidas propostas de curto, médio e longo prazo, contemplando um cenário de melhorias e investimentos para os próximos dez anos.

Sobre o AgreGo

Ao ser integrado ao planejamento estratégico de desenvolvimento do Estado, as ações idealizadas serão executadas pelos próximos 10 anos, tempo hábil suficiente para se promover mudanças estruturais que apresentem resultados efetivos. Para isso, estão contempladas etapas de identificação das competências regionais e de análise dos fatores determinantes para a competitividade dos setores escolhidos.

Serão analisados também os fatores de risco para a realização de investimentos por parte dos setores identificados e inclusão em programas governamentais de ações que visam ampliar a competitividade das empresas do setor, assegurando o aumento da sua participação no cenário nacional e global.

O AgreGo conta com o apoio do Fórum das Entidades Empresariais do Estado, representado pelas seguintes entidades: Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg); Federação do Comércio (Fecomércio-Go); Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias (Facieg); Federação das Câmaras de Dirigentes Logistas (FCDL); Associação Pró-Desenvolvimento Industrial (Adial); Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acieg), Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec) e Sistema da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

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