A origem das novas aquisições para o rebanho da Bom Futuro, que atualmente é de mais de 137,8 mil cabeças para engorda, começou a ser rastreadas desde fevereiro de 2023. A empresa iniciou um mapeamento da cadeia de fornecimento que analisa todos os fornecedores de bois para as unidades em Mato Grosso.
“O mapeamento da cadeia de fornecimento garantirá que estamos adquirindo gado de áreas livres de desmatamento ilegal, por exemplo, e, desta forma, atesta que é ambientalmente correta, apoiando o desenvolvimento sustentável em consonância com os conceitos de ESG”, explica Elaine Lourenço, gestora ambiental da Bom Futuro.
Além da verificação de que as áreas estão livres de desmatamento ilegal, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a equipe da Bom Futuro também analisa se as terras onde o gado é produzido não são invasão de Terras Indígenas ou Unidades de Conservação. Ainda checa se não há denúncia, naquela propriedade, de trabalho análogo ao escravo ou se são áreas embargadas, de acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes (ICM-Bio) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).
Para fazer o rastreamento, a equipe da pecuária da Bom Futuro, antes de adquirir os lotes de bovinos, envia a documentação para a gestão ambiental. No escritório, por meio de um software, é realizado todo o levantamento da propriedade rural e, caso esteja apta, é liberada para finalizar a negociação.
“Temos dez fazendas de engorda de gado que são certificadas para venda para a Europa. O rebanho precisa ser rastreado para ir ao frigorífico para o abate. Agora não somente estas tem o rastreamento ambiental, mas em todas as nossas unidades temos a preocupação de verificar pontos como CAR, Guia de Transporte Animal (GTA), nota fiscal, entre outros”, explica Élio Gabriel, gerente da Pecuária da Bom Futuro.
As consultas são realizadas diariamente mesmo com fornecedores recorrentes. Até a primeira semana de julho, 287 propriedades foram verificadas. “É o caminho para promoção de uma cadeia de valor sustentável para a carne bovina atendendo à exigência mundial referente a uma econômica de baixo carbono ou carbono zero. Ao longo dos anos, os frigoríficos vêm fazendo esta análise com seus fornecedores e toda a cadeia começa a ter o mesmo procedimento”, comenta Elaine Lourenço.