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Mato Grosso registra menor taxa de desemprego da história

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Mato Grosso alcançou um marco importante no mercado de trabalho: o estado registrou a menor taxa de desocupação de sua história, com apenas 2,3% da população economicamente ativa (PEA) fora do mercado de trabalho. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), revelam que o estado possui 1,9 milhão de trabalhadores ativos e somente 45 mil desempregados.

Com esse desempenho, Mato Grosso se destaca no cenário nacional, ocupando a segunda posição no ranking de menores taxas de desemprego, atrás apenas de Rondônia, que possui uma taxa de 2,1%.

Desempenho regional: o norte mato-grossense se destaca

Dentro do estado, a região Norte apresenta o melhor desempenho no mercado de trabalho, com a menor taxa de desocupação de Mato Grosso: apenas 1,4%. Esta área, que inclui municípios como Aripuanã, Alta Floresta, Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, está se consolidando como um polo industrial em ascensão. Um dos motivos, é a presença de grandes indústrias, como a Icofort Agroindustrial S/A, que está prestes a inaugurar, em Nova Mutum, a maior planta industrial de óleo de algodão do país.

A região Leste ocupa a segunda posição no estado, com taxa de desocupação de 1,8%, seguida pela região Sudoeste, com 2,6%.

Desemprego por gênero, idade e etnia

A pesquisa também revelou dados específicos sobre a taxa de desocupação por gênero, idade e etnia. A taxa de desemprego entre os homens foi de 1,7%, enquanto para as mulheres ficou em 3,0%. A maior parte dos desempregados no estado possui o ensino fundamental completo ou não concluído.

Por faixa etária, a maior taxa de desocupação foi registrada entre os jovens de 14 a 17 anos, com 10,3%. No quesito etnia, a população parda apresentou a maior taxa de desemprego (2,5%), seguida pelos brancos (2,2%) e negros (1,3%).

Informalidade no mercado de trabalho

Apesar da redução nas taxas de desemprego, Mato Grosso enfrenta um aumento na informalidade. No terceiro trimestre de 2024, o número de trabalhadores informais no estado passou de 645 mil para 683 mil, representando uma taxa de informalidade de 35,3%. Isso coloca o estado em sétimo lugar no ranking nacional, atrás de estados como Santa Catarina e São Paulo.

A taxa de informalidade aumentou principalmente entre as mulheres, passando de 31,8% para 34,1%. Para os homens, a taxa subiu de 35,0% para 36,3%. A maior parte da informalidade está entre aqueles com ensino fundamental incompleto, com uma taxa de 55,5%, seguidos por pessoas sem instrução ou com menos de 1 ano de estudo (51,8%).

Trabalhadores fora da força de trabalho

Outro dado relevante é a quantidade de trabalhadores fora da força de trabalho no estado. De acordo com a pesquisa, 855.596 pessoas não estão ocupadas no mercado de trabalho mato-grossense. A maior parte dessas pessoas são mulheres, que representam 68% do total. As principais razões apontadas para essa situação incluem afazeres domésticos (27,98%), idade avançada ou pouca idade (23,12%) e problemas de saúde ou gravidez (18,41%).

Os dados demonstram que Mato Grosso continua a se destacar no cenário nacional pela sua força econômica e pelos resultados positivos no mercado de trabalho, com baixas taxas de desemprego e um crescimento constante. No entanto, a informalidade ainda é um desafio, especialmente entre as mulheres e pessoas com menor nível de escolaridade, e precisa ser acompanhada de perto pelas autoridades e empresas para garantir condições de trabalho mais formais e seguras para a população.

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