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Minimercados autônomos ganham força nos condomínios residenciais

Divulgação

Com muitas facilidades, os minimercados dentro de condomínios, sejam verticais ou horizontais, são uma opção de compras impulsionada pela pandemia e pelo isolamento social, que se consolidou a nível nacional. Além de vender produtos que ajudam a vida dos moradores dos empreendimentos, a medida também é vista com bons olhos pelo mercado imobiliário, já que a estratégia gera valorização adicional aos imóveis de 5 a 10%, chegando até a R$ 50 mil. Em Goiânia, segundo dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), 54% dos empreendimentos lançados nos últimos 24 meses contam com minimercados autônomos.

Dados da pesquisa de Tendências de Moradia de 2023, realizada pelo DataZap, apontam que os minimercados nos condomínios são ainda importantes na decisão de compra ou locação de imóvel para cerca de 3 em cada 10 pessoas. Esses locais funcionam de maneira totalmente autônoma: não necessitam de caixas, operadores e funcionários. Os condôminos têm acesso à loja 24 horas por dia, sete dias por semana, e encontram itens de primeira necessidade entre alimentícios, bebidas, produtos de limpeza e higiene e beleza, podendo comprar com cartão ou PIX, ou, em alguns empreendimentos, pelo aplicativo do condomínio e apenas retirar os produtos no local. Necessitam de pouco espaço para instalação, podendo ser acomodados em uma parede de dois metros, por exemplo, com tomadas.

De acordo com o diretor de Comunicação e Marketing da Sousa Andrade Construtora, Bruno Alcântara, ambientes estruturados para facilitar a vida dos moradores, como mercadinhos, têm favorecido a valorização dos últimos lançamentos da construtora. O Gaudí Residências, lançado em novembro de 2023 em parceria com a Humanae Incorporadora e Atrium Construtora, é um exemplo que já registra 15% de valorização em suas unidades. “Somada à excelente localização do Gaudí em Goiânia, que está na orla do Parque Vaca Brava, vemos que o rápido escalonamento da valorização se dá também em função da presença de facilidades como próprio mini market e até o espaço delivery, conveniências que, desde a pandemia, foram incorporadas às demandas imprescindíveis tanto do público comprador como dos investidores”, garante o diretor.

Comodidade e segurança

O diretor de Incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Marcos Túlio Campos, acredita que, hoje, os minimercados passaram de diferenciais para espaços essenciais dentro dos empreendimentos. “Vemos no mercado imobiliário um movimento cada vez mais pujante de busca por produtos que vão atender, de forma facilitada, o dia a dia das pessoas. Assim, os mercadinhos se tornaram fundamentais justamente porque agregam usabilidade, comodidade e conforto para o cliente. Isso aumenta, por consequência, a percepção de valor do empreendimento. É uma tendência que veio para ficar”, afirma. Na EBM, são mais de 27 residenciais com minimercados nas suas mais diversas linhas de produtos, do alto padrão aos compactos.

Com oito empreendimentos recentemente lançados com a previsão de minimercados autônomos, a CMO Construtora dedica uma atenção extra a esse espaço. “Hoje, a gente percebe que todos os condomínios já têm buscado instalar o minimercado. Então, se a construtora não pensa nessa área específica previamente, o mercadinho pode acabar ficando em algum local que não seja tão adequado ou o mais prático para os moradores. Por isso, é uma preocupação da CMO destinar um espaço amplo e com a possibilidade de vedação com porta, para que seja possível ainda o acesso por biometria ou senha, por exemplo, trazendo mais segurança não só para os produtos que estarão guardados ali, como para os condôminos. É um serviço que tende a se aprimorar a cada dia com o passar do tempo”, garante Marcelo Moreira, diretor comercial da CMO Construtora.

Condomínios horizontais

Nos condomínios horizontais fechados o cenário não é diferente – o minimercado também configura como item fundamental na escolha desse tipo de habitação. A FGR Incorporações, uma das empresas pioneiras no segmento em Goiás, já soma 20 condomínios da marca Jardins com mercados autônomos internos. Como os espaços foram absoluto sucesso entre os condôminos, a empresa desenvolveu, para seus próximos lançamentos, a instalação de padarias com funcionamento 24 horas.

“Levar a comodidade de serviço para perto e, principalmente, para dentro dos empreendimentos, é uma forte tendência quando falamos de condomínios horizontais. A implementação da padaria, por exemplo, vem para contemplar uma necessidade que identificamos dos clientes. Além de ter à mão itens para completar suas compras, os moradores buscam opções de refeição dentro do próprio condomínio. Vemos, portanto, que esses recursos têm se tornado grandes atrativos para investimento na modalidade”, explica a diretora comercial da FGR, Camila Alcântara.

Novos empreendimentos

Seguindo este modelo em crescente popularidade, novos empreendimentos já preveem os minimercados em seus projetos. É o caso do Ázus Casa Conceito, novo produto de uma parceria entre SOMOS Desenvolvimento Imobiliário, Partini Incorporadora, Enec e Joule Participações. Com entrega prevista para 2028, o empreendimento terá um espaço de 10m² destinado à operação de um mercadinho. O local contará com pé direito de mais de três metros, nichos para embutir freezers, além de toda infraestrutura para instalação de câmeras internas. Para o CEO da SOMOS Desenvolvimento Imobiliário, Fernando Razuk, essa comodidade nas compras reflete uma mudança de comportamento de consumo que já se estabeleceu. “Não há nada mais conveniente do que ter um mercado dentro do seu próprio condomínio, com mais segurança e menos perda de tempo de locomoção”, avalia.

Os cinco próximos empreendimentos da Dinâmica Incorporadora também serão entregues com o espaço para minimercado. “Vimos essa demanda a partir de pesquisas com moradores sobre itens e espaços comuns de maior desejo e tendências em inovação. Muitas famílias têm ficado mais em casa, optado por receber os amigos no lar e o mercadinho traz comodidade e praticidade ao dia a dia e a alguma necessidade pontual. Nossos três empreendimentos da Linha Soft, que são produtos intermediários para públicos variados, como famílias com e sem filhos, jovens adultos e investidores, já serão entregues com esses ambientes totalmente preparados para receber os minimercados. Essa é uma tendência que veio para ficar pós-pandemia e acreditamos que, no futuro, todos os empreendimentos terão esse serviço”, explica Patrícia Garrote, diretora de incorporação da Dinâmica.

Deraldo Júnior, coordenador comercial da Terral Incorporadora, avalia que os minimercados cresceram no mercado imobiliário nos últimos três anos e conta que a Terral vai entregar o seu primeiro empreendimento em que o minimercado está no projeto original, o Nest23. “A Terral está desenvolvendo projetos que estimulem o senso de comunidade nas pessoas, e o minimercado é uma das áreas que proporcionam esse sentido. Além disso, ter um espaço desse tipo dentro do empreendimento leva mais comodidade e conforto para os nossos clientes”, pontua Júnior.

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