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Moagem de cana e vendas de etanol têm altas expressivas em Goiás

Divulgação

O processamento de cana-de-açúcar em Goiás na atual safra cresceu 10,5% até a metade de junho comparado com a safra anterior, atingindo 22,15 milhões de toneladas. Os números foram apresentados pelo CEO da SCA Brasil, Martinho Seiiti Ono, em reunião com os associados do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (SIFAEG) realizada na última sexta-feira (21/06).

O desempenho confirma o otimismo dos produtores do estado, que projetam moagem na safra 2024-2025 superior aos 76 milhões de toneladas atingidos na safra anterior. “As condições climáticas estão dentro da normalidade, permitindo estimativas otimistas para o estado, um dos que mais tem registrado crescimento na produção de cana no país”, afirmou Ono.

O executivo da SCA Brasil apontou também o crescimento nas vendas de etanol hidratado em Goiás, apontando a diferença de R$ 2,00 por litro comparado com o preço da gasolina na bomba. Para ele, a campanha publicitária que vem sendo realizada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) promovendo as vantagens do uso do etanol, também tem um papel importante para esse resultado.

“A propaganda em vários veículos de mídia se propaga por todo o país e ajuda muito a conscientizar o consumidor sobre o uso dos biocombustíveis renováveis, enaltecendo benefícios como a geração de empregos, fixação das pessoas no interior, forte redução das emissões que causam as mudanças climáticas e a redução de custos para a saúde pública com a melhora da qualidade do ar”, frisou Ono, defendendo a importância da continuidade da campanha no segundo semestre.

Açúcar

A safra goiana tem enfrentado dificuldades para a produção de açúcar devido a concentrações menores de ATR, excesso de impurezas e teor de fibra acima do normal, entre outras razões. Ono considera que esse quadro vai mudar: “Nas próximas quinzenas teremos a recuperação na produção de açúcar, que até o final da safra deve superar os 40 milhões de toneladas”.

Petrobras

Respondendo a questionamentos dos associados do SIFAEG, Martinho Ono avaliou que a mudança na presidência da Petrobras não deve levar a alterações na política de preços dos derivados do petróleo. A nova presidente, Magda Chambriard, gestora com perfil mais técnico e menos político, tende a acolher as recomendações do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Palácio do Planalto segundo Ono. “A gasolina A no Brasil tem hoje defasagem de R$ 0,40 por litro comparada ao preço internacional, o que permitiria aumentar o preço interno”, concluiu.

No final do encontro, produtores registraram preocupação com a crescente participação do PCC na operação de mais de 1100 postos de combustíveis em várias partes do país, e de cinco usinas em dois estados. Também preocupa os produtores goianos a demora para aprovação no Senado do Projeto de Lei do Combustível do Futuro, aprovado com forte maioria no Congresso em março.

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