Ícone do site STG News

MT: Mais de 50% do milho foi escoado pelo complexo do Arco Norte

(Reprodução/Diário de Cuiabá)

Rondonópolis Empresas (MT) – Melhorias na estrutura de escoamento da produção agropecuária estão refletindo em bons números para o setor, especialmente àqueles realizados em torno da BR-163, onde é produzida a maior parte dos grãos de Mato Grosso.

Esse reflexo imediato revela que mais de 50% da safra de milho do ciclo atual 2019/20, foram exportados via complexo portuário do Arco Norte.

Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), de janeiro a julho foram embarcados 4,96 milhões de toneladas (t) do cereal pelo Estado, dos quais, de 2,22 milhões foram direcionadas aos portos do Arco Norte, representou 50,13% das cargas exportadas pelo Estado e registrando movimentação histórica para esse novo eixo de exportações de Mato Grosso.

“Os transportes aos portos para exportação aumentaram nos últimos meses em Mato Grosso, principalmente de junho a julho, em função da colheita do milho.

Para o Imea, há um cenário logístico mais oportuno, decorrente das melhoras nas rodovias da região Norte do país, o que redirecionou itinerários de escoamento da produção”.

Os analistas destacam ainda que esse novo eixo ampliou a competição da logística dos grãos com o Arco Sul, que tem como principal porto o de Santos (SP), o maior da América Latina. “Pela primeira vez na série histórica, o complexo Sul apresentou resultado inferior ao Arco Norte, exportando 2,21 milhões t, ou 49,87% do milho mato-grossense destinados aos portos de exportação”, apontam os analistas.

Dentro do Arco Norte os principais destinos da produção mato-grossense são, pela ordem, Barcarena (PA), Santarém (PA), Manaus (AM) e São Luís (MA).

O Arco Norte, segundo o Anuário Aquaviário 2018 divulgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), é formado pelos seguintes estados e portos: Rondônia (Porto de Porto Velho), Amazonas (Porto de Manaus e Porto Chibatão), Pará (Porto de Miritituba, Porto de Belém, Porto de Santarém e Porto de Vila do Conde), Amapá (Porto de Santana), Maranhão (Porto de Itaqui e Porto de Ponta da Madeira).

No campo

A colheita do milho segunda safra no Estado chegou ao fim e as projeções de recordes se confirmaram. Mais de 33,47 milhões t foram colhidas, garantindo novo volume histórico à série estadual do cereal. A produção atual supera em 3,15% o recorde anterior de 2018/19.

Ainda conforme levantamento do Imea, do total colhido, 90% estavam comercializados no Estado até a virada do mês, movimento acima do registrado até o fechamento de agosto do ano passado, quando 83% da produção já estavam vendidos.

Em Mato Grosso, os preços seguem em elevação diante da menor oferta de milho para comercialização e da demanda aquecida. A cotação do milho manteve alta como na última semana e encerrou cotado à média de R$ 43,92/sc, valor que representou elevação de 5,81% em relação à semana passada. Na comparação anual, a valorização é de 89%, já que há um ano a média estadual apontava para R$ 23,13.

Sair da versão mobile