Por Lorena Pires
Como planejadora financeira, uma queixa que aparece com bastante frequência quando converso com clientes e amigos é: “eu não tenho ideia para onde está indo meu dinheiro”. É algo que acontece por aí também?
Engraçado como esse recurso que, para uma série de coisas nos é tão relevante, simplesmente desapareça da nossa frente.
A gente rala no trabalho, consegue juntar o nosso suado dinheirinho para que assim — do nada — ele desapareça, sem deixar rastros.
Será que é isso mesmo que acontece?
O dinheiro deixa rastros que, na maioria dos casos, não só não estão escondidos como estão escancarados, mas que, no fundo do nosso coração, a gente não quer enxergar.
É aquela comida que a gente pede pelo app no dia que estamos cansados, a viagem merecida depois de tanto tempo sem férias, os presentes que a gente costuma dar para os outros e também para nós mesmos.
E não me leve a mal! Todos esses gastos são válidos e certamente merecidos, mas a pergunta que quero instigar é: e o que mais a gente merece?
Estudos relacionados à psicologia econômica trazem à tona que temos uma forte preferência pela recompensa num momento mais próximo àquele que estamos vivendo, e isso tem até nome: o viés do presente.
Uma tendência humana que faz com que na hora de escolher entre gastar um dinheiro agora ou deixar para gastar depois a gente normalmente prefira a primeira opção.
Perceba: isso pode oferecer um grande risco para a maneira como conduzimos a vida.
Para nos desviarmos — ainda que em partes — dessa tendência, um pouco de planejamento e estratégia são bem-vindas. E o primeiro passo é de fato enxergar o que tem acontecido.
Para quem está na escuridão total — sem ideia do que está acontecendo e para onde todo o seu dinheiro está indo — sugiro que:
- Vasculhe seu extrato e fatura do cartão
- Anote os seus gastos por um tempo
Com toda essa informação levantada, a ideia por aqui não é — ainda — reduzir gastos, mas trazer para a consciência as situações em que gastamos dinheiro.
Um ponto relevante é, mais do que entender o que está acontecendo, para melhorar a situação precisamos nos propor a fazer algo de diferente, certo? E aqui quero trazer duas ferramentas.
A primeira delas é repensar a maneira como utilizamos a nossa estrutura bancária. Um grande aliado que podemos ter são as nossas contas bancárias e cartões de crédito.
Quando a gente segue numa linha “deixa a vida me levar” é bem natural que aos 30 anos de idade já tenhamos umas 5 contas bancárias, uns 6 cartões de crédito e tudo usado de maneira bastante aleatória.
Se ao invés de usarmos esses dispositivos de maneira impensada, utilizarmos de forma estratégica, ficaria muito mais fácil enxergar o que está acontecendo.
O segundo passo, e que com certeza é determinante no sucesso na hora de conseguir poupar, é ter um planejamento financeiro.
Não precisa ser algo rebuscado, difícil e nem ser alimentado todo dia. Mas é importante ter um direcionamento sobre como utilizar o nosso dinheiro e o que devemos fazer para que isso de fato aconteça.
E nesse sentido, tenho certeza de que a consultoria financeira que oferecemos pode ajudar demais. Na Papo de Valor nós conseguimos olhar para as finanças do cliente e elaborar planos que estejam alinhados com a realidade de cada um. Clique aqui para conhecer mais!
Lorena Pires
Consultora Financeira Pessoal da Papo de Valor. Acredita que por mais “exata” que seja a matemática, nem tudo são números. Atuar ajudando pessoas a se organizar financeiramente – e consequentemente colaborar para que tenham uma vida mais livre – é seu principal propósito.