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Nossa exportação fala mandarim

(Getty Images)

Por Wellington Romanhol

O comércio internacional brasileiro fala mandarim. É o que apontam os dados mais recentes divulgados, que apontam que o comércio bilateral Brasil-China cresceu 44% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 125 bilhões em negociações, nos três primeiros trimestres de 2021. Esse fluxo só tende a aumentar até o fechamento de 2022 – sendo que o país asiático representará em breve cerca de um quarto de todos produtos que saem do Brasil.

Os próprios órgãos econômicos chineses, como a Academy of International Trade and Economic Cooperation (Caitec), apontam que os investimentos e acordos bilaterais no setor agrícola nos últimos anos ampliaram a relação econômica entre os dois países no ano passado, além de mitigar os impactos da pandemia na agenda de comercial bilateral.

A chegada da Câmara Brasil China (CCIBC) a Goiás, com representação oficial, a qual sou coordenador, tende ainda mais ampliar estes números no Centro-Oeste brasileiro. Uma das soluções é que a CCIBC é uma mediadora histórica, faz este papel há décadas, entre os agentes econômico envolvidos – visto que são legislações, culturas e idiomas diferentes – dando maior segurança na operação comercial.

Os números recentes apontam a relevância da ‘Belt and Road Initiative (BRI)’, plataforma chinesa para a cooperação internacional que vem permitindo firmar novos acordos comerciais.

O estudo aponta que commodities agrícolas e minerais foram o diferencial do crescimento dos últimos anos na exportação brasileira para a China, com destaque para soja, algodão e o minério de ferro.

Para os dois lados, a relação de negócios é estratégica. Aos empresários que hoje estão iniciando ou projetando expansão no comércio internacional, ter a China como parceira importadora ou exportadora é bem menos complexo do que já foi no passado. O país asiático vem construindo uma relação de acordos de política de comercio internacional com o Brasil que estimula novos negócios e a inserção de mais empresas. A pandemia, aliás, foi uma catalizadora deste processo, impondo desafios globais. Com o Brasil, a China hoje tem um diálogo mais rápido – apesar de momentos mais tensos no âmbito político, o que é comum neste patamar e volume de negócios que se encontra a atual relação – no empresarial, a relação é de ganha-ganha. Ampliar a cooperação internacional para o desenvolvimento econômico sustentável é a meta dos dois lados e não tem barreiras para esta expansão.

Aos empresários goianos que ainda não têm em sua carteira negócios com a China: aproximem-se mais da Câmara Brasil China em Goiás – pois passos serão dados no sentido de alinhar os negócios entre os dois países priorizando o empresário local, seja ele comprador ou vendedor.

Wellington Romanhol

Advogado, administrador e representante em Goiás da Câmara Bilateral Brasil China

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