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O agro na bolsa: entenda a sazonalidade do negócio

(Foto: CNA/ Wenderson Araujo/Trilux)

“Tempo de plantar, tempo de colher”. Esse é um conceito importante para quem busca comercializar produtos agrícolas e, consequentemente, para quem quer investir na área. Entender os padrões regulares de oferta e demanda em épocas específicas do ano é primordial para a tomada de decisões de compra e venda de ações. 

Por isso, a Boa Safra (SOJA3), sementeira líder em soja no país, explica: as ações do agro são diferentes das ações de uma grande empresa de consumo, por exemplo. Enquanto grandes players do mercado varejista têm seu desempenho trimestral ligado diretamente às vendas realizadas no período (ou seja, sempre se espera lucro, enquanto prejuízo é visto com preocupação), o mesmo não ocorre no agronegócio. Cada empresa desempenha uma parte na cadeia de produção e seu faturamento está, muitas vezes, concentrado em um único período.

De maneira simplificada, o ciclo das sementes de soja está dividido dessa maneira:

Arte: Boa Safra

No caso da Boa Safra, o desempenho financeiro em cada trimestre está diretamente ligado ao estágio do cultivo da soja. No primeiro semestre, a empresa se dedica à produção e estocagem da semente de soja, seu principal produto. Isso implica, então, em concentração de custos e despesas. No segundo semestre, quando os agricultores começam o plantio, é quando a companhia gera quase todo seu faturamento. 

“A Boa Safra, assim como o setor do agronegócio em geral, apresenta sazonalidade na operação. Isso porque as atividades dos produtores integrados da companhia estão diretamente relacionadas aos ciclos das lavouras. Assim, os resultados operacionais sofrem variações significativas entre o período de plantio e colheita de cada safra. A sazonalidade das lavouras também implica na sazonalidade do lucro bruto. Este ciclo provoca um certo descolamento entre os dados operacionais e contábeis. É por isso que sempre recomendamos aos investidores a análise LTM (Last Twelve Months) do desempenho financeiro”, afirma Felipe Marques, Diretor Financeiro e de RI da sementeira.

Abaixo, um exemplo do impacto da sazonalidade na receita de uma empresa como a Boa Safra:

Arte: Boa Safra

Mas, apesar de sua produção e, consequentemente, o faturamento ser sazonal, a demanda pelos produtos do mercado agro não é. Por isso, empresas desse segmento especificamente, como a Boa Safra, são chamadas de empresas de consumo não cíclico – ou seja, que possuem demanda linear e estão menos sujeitas à influência de ciclos econômicos. Isso é um importante fator de estabilidade e previsibilidade aos investidores, pois a demanda por esses produtos sempre existirá.

“Por conta das diferenças consideráveis entre os períodos de custos e ganhos durante o ciclo, o investidor deve fazer a sua análise do desempenho da companhia considerando os últimos 12 meses. Levantar informações e acompanhar as previsões de vendas, pedidos em carteiras e desempenho da safra ajudam a ter um olhar mais claro sobre os resultados da empresa”, explica Felipe. 

Sobre a Boa Safra Sementes

A Boa Safra é líder na produção de sementes de soja no Brasil. Fundada em 2009, é comprometida com a excelência e investe em tecnologia de ponta e infraestrutura inovadora para entregar produtos de alta qualidade aos agricultores, com uma capacidade de vigor e germinação acima da média do mercado. A companhia entrou na Bolsa de Valores em abril de 2021 com o objetivo de promover a expansão dos negócios. Com o valor levantado, iniciou a construção e expansão das Unidades de Beneficiamento de Sementes de Cabeceiras/GO, Buritis/MG, Jaborandi/BA e Primavera do Leste/MT, e os centros de distribuição de Sorriso/MT e Balsas/MA. O plano de médio longo prazo é ter instalações nas principais regiões do Brasil, ajudando a Boa Safra a se manter próxima dos grandes polos produtores de soja do país.

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