A cada minuto, uma nova informação – uma inovação. Robôs respondendo virtualmente, transferências e pagamentos on-lines, novas regras de proteção de dados e também do setor financeiro. O novo mundo dos negócios mudou não só na ponta do varejo (quem vende) e do consumo (quem compra). A mudança foi geral.
Neste vendaval de informações, algumas posições da empresa crescem, outras diminuem. O CFO (Chief Executive Officer), sujeito que tem o nome do cargo em inglês como se convencionou a chamar e o responsável pela manutenção dos recursos financeiros, está cada vez mais estratégico. Não tem robozinho financeiro de confiança ou inteligência artificial cuidando do caixa. O CFO é o braço direito, o ‘homem do dinheiro’, que planeja e executa toda gestão de cada centavo – entrada e saída – que circula no negócio.
Mas o novo cenário exige mais do CFO. Para controlar todos os movimentos da gestão, é preciso ter domínio das novas tecnologias, das novas ferramentas, para não ser engolido por elas. Do e-commerce ao poderoso Big Data, de machine learning à computação em nuvem, o executivo de finanças precisa ser especialista não só mais em dinheiro, mas em alta tecnologia, deve estar cada vez mais conectado.
Com o tempo que se ganha com as novas aplicações e dispositivos, não precisando mais perder muito tempo avaliando com planilhas (muitas vezes, impressas), pode-se dedicar mais a caminhar por outras áreas e conhecer o produto, o colaborador e o cliente. O CFO precisa ter também essa sensibilidade maior do negócio para melhor decidir sobre cenários futuros da empresa.
Na era do serviço compartilhado, o CFO precisa aprender a interagir para manter seu poder. Seu papel avançou, subiu um degrau. Mas nem todos saberão dar esse passo. O compliance está na sua sala, dando regras e novas missões. A governança corporativa cruza resultados on-line, separando as crianças dos adultos. O executivo financeiro faz parte desse jogo empresarial, que as novas tecnologias e modelo de gestão transformaram cada decisão estratégica em uma transmissão ao vivo, com replay e VAR. Ou seja, não basta ser competente, é preciso mostrar.