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O engajamento como cultura

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Por Patrícia Marques Faria

A todo momento, acompanhamos a dança das cadeiras dos profissionais nas empresas em que atendemos e no mercado.  Quando acreditamos que está tudo indo muito bem, o profissional recebe uma proposta irrecusável por muitas vezes inegociável pela empresa. Vemos profissionais cujo prazo médio de vida empresarial é de 6 meses a dois anos. Currículos voláteis, em sua maioria com pouca experiência, mas que acabam sendo atrativos por sua atitude. Desde que eu era estagiária, e isso já tem uns bons anos, estudamos sobre o CHA – Conhecimento, Habilidades e Atitudes, apontando que devemos buscar essa tríade para uma boa contratação. Por sua vez, não as encontramos em sua totalidade, mas o que está sendo valorizado atualmente, são as atitudes, as “soft skills”. Pois são as pessoas com atitude e com melhores competências comportamentais que estão se destacando. Tendo atitude, a pessoa busca conhecimento e aprende a fazer. E esta tem sido a receita das grandes empresas. Buscar pelas soft skills e atitudes, desenvolver as hard skills, em que podemos ensinar o que fazer e como fazer.

Aliado ao perfil comportamental, que a meu ver é o que fortalece a cultura da empresa na contratação dos profissionais corretos para as vagas corretas, muitas empresas têm investido em seu engajamento. Uma pessoa de atitudes trabalha com muito mais dedicação e comprometimento. Quando percebe valor no que faz, não só em quesitos financeiros, mas em propósito de sentir-se produtivo e parte importante do negócio. O senso de pertencimento, tão falado hoje, é simplesmente a pessoa compartilhar dos valores de onde atua. É perceber que é ativa, ouvida, tem flexibilidade, é importante e que a empresa preza pelo seu desenvolvimento.

No entanto, o engajamento tem sido um dos maiores desafios na gestão de pessoas. Criar a conexão entre o profissional e a empresa diretamente ligada à motivação não é uma matemática exata. Na verdade, não existe nada exato ao tratar de gestão de pessoas. É orgânico, é mutável, é situacional! Envolvem aspectos psicológicos, afetivos e emocionais. Não pode ser comprado, mas sim conquistado por meio de cooperação, empenho e disposição. E como falei, essa receita não cabe em todas as empresas. O tal “fit cultural” leva ao engajamento. As empresas precisam entender o seu fit, o que cabe em sua realidade que será o elo entre o propósito das pessoas contratadas e seu propósito em existir no mercado.

Algumas das estratégias para promover o engajamento são:

– Ter um ambiente estimulante sendo benéfico e saudável;

– Valorizar o desenvolvimento profissional com plano de carreira;

-Reconhecer esforços e direcionar melhorias continuamente através de cultura de feedback;

– Alinhar valores da organização aos dos colaboradores;

– Celebrar as conquistas;

– Ter coerência estratégica e de valores;

– Modernizar e otimizar a gestão de pessoas.

Percebemos nas empresas que adotam estas ações e cuidam de suas equipes, profissionais que trabalham motivados e que com certeza tem alto desempenho, pois estão em seu perfil a busca contínua de melhoria e aprendizado. Lembrando de que os gestores desempenham papéis fundamentais na promoção do engajamento dos colaboradores, são eles quem fazem a gestão de pessoas. Nossa área, de RH/ Gestão de Pessoas, deve ser a área de apoio e catalizadora das melhores ferramentas para que este gestor seja o melhor para a sua equipe e a consequência vem em resultados positivos, melhor clima e o que tanto buscamos, o maior engajamento das equipes.

Patrícia Marques Faria

Psicóloga, sócia e diretora da Lure Consultoria. Especialista em Gestão de Pessoas, atuando há 20 anos na área, participando da implantação e desenvolvimento da área em grandes e médias empresas de Goiás.

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