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O que os fundos de venture capital buscam nas startups brasileiras?

Foto: Reprodução/Unsplash

Palmas Empresas (TO) – Tecnologia, empreendedores apaixonados e negócios com alto potencial de crescimento. Essas são algumas das características que startups precisam carregar, segundo representantes de alguns dos maiores fundos de venture capital do ecossistema brasileiro. Os executivos se apresentaram durante o Pizza com CEOs, evento organizado pelo Inovabra Habitat e realizado digitalmente no final de janeiro.

Participaram do encontro Daniel Khafif, do Inovabra Ventures; Filipe Portugal, do Canary; Santiago Fossatti, do Kaszek Ventures; e Renato Ramalho, do KPTL. O evento teve mediação de Pierre Satiro, COO do Inovabra Habitat. “Esses encontros são criados para fomentar o networking e fortalecer a conexão das startups. Por enquanto, digitalmente”, disse Satiro na abertura.

De acordo com Daniel Khafif, do Inovabra Ventures, o fundo busca startups que possam trabalhar com ativos do banco, como crédito, seguro e saúde. “São temas dinâmicos”, diz. Dentro das áreas de interesse do fundo estão tecnologias como inteligência artificial e criação de algoritmos, preferencialmente focados em públicos como MEIs e pequenas e médias empresas. Além disso, o fundo busca negócios que estejam prontos para melhorar a jornada do cliente ou que ofereçam soluções de open banking.

Filipe Portugal, da Canary, diz que o fundo é “agnóstico”, com mais interesse nos empreendedores do que em setores ou tecnologias. “Tentamos trazer um padrão mais simples de investimento, mais amigável aos fundadores. Hoje, temos pessoas no time especializadas em encontrar talentos para as nossas startups investidas.” Ao todo, 85 startups já receberam investimento do fundo.

Já Santiago Fossatti, da Kaszek Ventures, tem um perfil mais ambicioso. O fundo participou de rodadas de diversos unicórnios brasileiros, como Nubank, QuintoAndar, Creditas e MadeiraMadeira. “Podemos fazer um cheque de R$ 1 milhão a R$ 100 milhões para rodadas séries A e B. Mas também podemos acompanhar rodadas pré-IPO, como foi com o Nubank”, diz Fossatti. Com a possibilidade de conectar empreendedores a players globais, o executivo pensa grande. “Investimos em várias companhias que lideram a transformação do mundo que estamos vivendo quando ainda eram um PowerPoint.”

Renato Ramalho, do KPTL, busca inovação. Ele conta que o fundo é “agnóstico”, mas conta com um portfólio marcado com muitas empresas de agronegócio, saúde, internet das coisas e govtechs. “O nosso mantra é a inovação profunda, porque permite investir em uma startup de biotecnologia, por exemplo.”

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