Depois de dois anos consecutivos de expansão da economia de Goiás, impulsionada pelas safras de grãos 2022 e 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado deve desacelerar em 2024, mas ainda se manter em expansão, avalia o Departamento Econômico do Santander. O banco projeta alta de 2,6% para a economia goiana neste ano, e de 2,4% em 2025. Nos anos anteriores, o aumento estimado é de 4,4% (2022) e de 5,7% (2023).
Para o PIB brasileiro, o banco projeta alta de 2% ao ano em 2024 e 2025. Os números estão em estudo especial que apresenta estimativas do Santander por estados e regiões do país para o horizonte de 2022 a 2025. Os últimos dados oficiais do IBGE para as economias estaduais foram publicados em 2021.
Autor do estudo ao lado dos economistas Rodolfo Pavan e Henrique Danyi, o economista Gabriel Couto observa que a base do ano passado é elevada, e ainda assim a economia goiana deve seguir em trajetória positiva. “A devolução de parte dos fortes ganhos da safra de 2022 e 2023 tende a ser um impacto negativo no PIB do estado em 2024. Essa desaceleração é mais uma acomodação do que uma tendência mais longa”, afirma.
Nas projeções do Santander, após salto de 17% no ano passado, o PIB agropecuário de Goiás deve ficar estável este ano. Para o ano seguinte, porém, o crescimento do setor deve voltar, com avanço previsto de 1% para o PIB agro goiano.
O PIB industrial registrou evolução positiva em Goiás nos dois últimos anos, em consequência dos resultados de safra. Depois de expansão calculada em 5,5% no ano passado, a estimativa é de um crescimento de 3% tanto em 2024 como em 2025, avalia o banco. “A política monetária menos apertada deve contribuir adicionalmente para o setor à frente”, aponta Couto.
Por fim, para o PIB de serviços de Goiás, o Santander projeta alta de 3% e 2,5% em 2024 e 2025, respectivamente. Os últimos dois anos também foram de desempenho positivo, com aumento de 5,5% em 2022 e de 3% em 2023, segundo a instituição. “Os estados da região registraram comportamentos similares e fortes nesse segmento da economia”, observa o economista.
Em relação ao comportamento da massa salarial, o estudo destaca o desempenho do Centro-Oeste entre as regiões brasileiras. Goiás fica à frente dos demais estados da região, com crescimento nominal anual da massa salarial efetiva de 16,1% no acumulado dos últimos 12 meses.
Com evolução excepcional entre 2022 e 2023, na esteira de safras recordes e dos impactos secundários da produção agrícola sobre os demais setores, o Centro-Oeste tem elevação do PIB projetada em 2,4% em 2024 e 2,5% no ano que vem.
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